No último sábado, dia 9, o auditório da Caixa de Assistência dos Advogados de Sergipe (CAASE), foi palco de um aulão de Defesa Pessoal exclusivo para advogadas de todo o estado, como parte das celebrações do mês da mulher. Instrutores das renomadas academias Arka e DAB compartilharam técnicas de autodefesa, apresentando também os esportes de jiu-jítsu e judô.
Mariana Diniz, presidente da Comissão de Esportes da CAASE, afirma que a iniciativa tem a “intenção de transmitir técnicas de defesa pessoal, além de proporcionar um contato inicial com jiu-jítsu e judô.” “Queremos unir a necessidade de defesa no cotidiano das mulheres com a crescente aproximação delas ao esporte, promovendo não apenas a segurança, mas também a saúde”, completa.
Clara Arlene, secretária adjunta da OAB/SE, participou das aulas e elogiou a prática: “É essencial para encorajar mulheres na autodefesa, especialmente na advocacia criminal. A autodefesa me proporciona segurança em ambientes desafiadores. Parabenizo a Caase por pensar em todas nós.”
Fabíola Medeiros, advogada, também compartilhou sua experiência: “Pratiquei boxe por muito tempo, mas para a defesa no dia a dia, a aula ofereceu funcionalidades únicas. Nos ensinou uma forma básica de defesa e abriu oportunidades para continuar treinando, seja como esporte ou como autodefesa.”
FOCO NA AUTODEFESA
Denisson Azevedo, professor de judô, esclarece o propósito do aulão: “O objetivo foi orientar as advogadas na prática da luta, focando na autodefesa com técnicas de projeção, mobilização e chaves de contenção, buscamos equipar as mulheres com recursos para lidar com situações de violência, muitas vezes envolvendo abordagens por homens desarmados.”
O evento não apenas capacitou as participantes em defesa pessoal, mas também ressaltou a importância de fortalecer as mulheres através do conhecimento e prática dessas técnicas em um contexto de crescente conscientização sobre a necessidade de combater a violência de gênero.
Em 2023, foram oficialmente registrados 3.181 casos de violência contra a mulher no Brasil. Esse alarmante número revela que, a cada 24 horas, oito mulheres enfrentaram crimes que incluem agressões, torturas, ameaças, ofensas, assédio ou, infelizmente, feminicídio. Comparado a 2022, houve um aumento significativo de 22% na incidência desses crimes. Os dados impactantes foram divulgados no boletim “Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver”, produzido pela Rede de Observatórios da Segurança. Dentre as violências registradas, 586 casos foram identificados como feminicídios, sendo que em mais de 70% dessas tragédias, o agressor era o companheiro ou ex-companheiro da vítima.
Por Innuve Comunicação