Por Joedson Telles
Indago aos veteranos botões: até quando gestores inconsequentes meterão a mão no dinheiro do contribuinte? Destruirão o patrimônio público? Usarão o público como se fosse sua propriedade? Deixarão dívidas altíssimas para seus sucessores? Até quando, cinicamente, almejarão o poder pelo poder e negarão atitudes e falta delas, ainda que provas irrefutáveis digam o contrário?
Até quando afrontarão as leis, a ética e a inteligência de todos nós? Até quando zombarão do Ministério Público, do Tribunal de Contas, da Justiça Eleitoral, de qualquer órgão e, sobretudo, do eleitor? Até quando impunidade será a palavra de ordem? Até quando não serão condenados a devolver cada centavo gasto de forma indevida e nem de longe beneficiando a população?
Até quando aumentarão as estatísticas do chamado crime do colarinho branco e ficarão soltos, mesmo com provas irrefutáveis para levá-los à cadeia, como gritam sentir na pele os três “Ps”, vergonhosamente neste país embrutecido, racista e preconceituoso?
Até quando tais gestores passarão por cima de todos os seus erros, mesmo na era da informação democratizada via sites, blogs e redes sociais, e ainda meterão a carona na TV pedindo voto, na próxima eleição? Até quando comparsas e desavisados votarão em gente assim?
Faço estas e outras indagações impublicáveis aos botões. Ecoando o grupo insistente da resistência, dos melindrados, dos rebelados, mas também dos esperançosos por justiça, tento encontrar respostas convincentes, mas esbarro na frieza da realidade a oferecer uma versão da política bem diferente da verdadeira política, aquela que vela exercer o poder para a resolução de conflitos de interesses, beneficiando o coletivo – e sempre soa a exceção da regra. Até quando?