Os presidentes das Associações dos Municípios da Região do Centro Sul (AMURCES) e da Barra do Cotinguiba e Vale do Japaratuba (AMBARCO), Antônio da Fonseca Dória (PSB), o “Toinho de Dorinha”, e Fábio Henrique (PDT), respectivamente, representaram os prefeitos de suas regiões na tarde dessa segunda-feira (6), na reunião preparatória com gestores de várias partes do Estado para discorrerem sobre a Mobilização contra a Seca e sobre a paralisação que está sendo organizada com as entidades municipalistas de todo o Nordeste. O presidente da Federação dos Municípios de Sergipe (FAMES) e prefeito de Monte Alegre, Antônio Rodrigues (PSC), o “Tonhão”, também participou da reunião.
Na oportunidade, o prefeito Fábio Henrique voltou a critica a política do governo federal que só quer repassar recursos para os municípios através de empréstimos. O gestor diz que os prefeitos precisam se mobilizar, estar mais organizados. “O governo federal está com um programa de construção de creches. O governo federal dá o prédio, mas não dá a infraestrutura necessária, que fica sob a responsabilidade do município. É um verdadeiro presente de grego. Eu cadastrei 10 creches para Socorro e hoje respondo a 10 ações. Teve prefeito que não cadastrou e não responde nada por isso”.
Em seguida, Fábio Henrique disse que já passou da hora de ações enérgicas do Congresso Nacional em defesa dos prefeitos. “A população se mobilizou e a lei da ficha limpa saiu do papel. Tem outros projetos tramitando lá que vão passar também. Eu não sou contra o piso do magistério, dos médicos, do agente de endemias e outras categorias”.
“Agora o governo federal tem que dividir melhor o bolo. Emendas só são liberadas para quem é aliado. Tudo é responsabilidade dos prefeitos. O governo repassa recursos para a merenda sim, mas o povo não sabe que vem R$ 0,33 por aluno. Quem consegue dar três refeições a um aluno com este valor? As pessoas jogam a responsabilidade nos prefeitos. É um sofrimento!”, encerrou Fábio Henrique, conclamando os prefeitos para a mobilização.
AMURCES – Por sua vez, Toinho de Dorinha disse que os municípios devem estar organizados e mobilizados para o dia 13. “O Nordeste inteiro vai parar e nós vamos dar nossa contribuição. São muitos problemas enfrentados pelos municípios. Nós temos mais de 32 convênios federais que são cofinanciados pelas prefeituras. Nós temos que debater sim, mas os debates devem ser mais amplos. Precisamos do apoio incondicional da nossa bancada federal. Os deputados precisam ter compromissos municipalistas”.
Em seguida, o presidente da AMURCES disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) fica negociando com as emendas. “Nós temos que garantir que as emendas sejam impositivas. Nós vamos entrar agora nos ‘meses vermelhos’. A partir de agora tudo vai piorar. É professor na porta, servidor cobrando e quem vai aparecer: os promotores. Os prefeitos devem se unir. Falaram de um jornalista, apareceu um monte para defender. Quem defende os prefeitos? Nós ficamos medindo forças e não conseguimos fortalecer nossa luta. A categoria tem que se organizar e fazer um grande ato dia 13”.
FAMES – Já Tonhão lamentou a ausência de alguns prefeitos na reunião. “Nós temos que seguir mobilizados. Foi por isso que eu procurei os presidentes Fábio Henrique e Toinho de Dorinha. Temos que ter um discurso unificado. O ato de segunda-feira valera para que cada prefeito apresente um decreto fechando a sede da prefeitura. Precisamos nos reunir para encontrar alternativas de convivência com a seca que não é um problema apenas da minha região, do Sertão, mas da grande maioria dos municípios”.
Por fim, Tonhão disse que “que cada prefeito leve pelo menos um ônibus para uma grande mobilização na frente da Assembleia Legislativa. Os deputados federais e os senadores, que votam nos projetos do governo, tem que ficar atentos e se somar nesta luta dos gestores sergipanos. Todos os prefeitos foram convidados e muitos não estão aqui. Isso é ruim. Temos que estar unidos para que nossa luta esteja mais fortalecia”.
Enviada pela Assessoria de Imprensa