Eduardo Amorim responde provocação de Jackson, que o chamou de preguiçoso
Por Joedson Telles
“As pancadas doem, e confesso que fico preocupado com aqueles que estão do meu lado, família, filhos, amigos, mas não vão me calar não, porque nem eu e nem nenhum cristão tem direito de cruzar os braços e dizer que está bem. Sergipe se tornou o quinto estado mais violento do Brasil e aqueles que pregaram a defesa do trabalhador esqueceram do servidor porque o governo mantém vivas dezenas de secretarias e cargos comissionados. Eu não me calar porque a minha voz é aquilo que a gente escuta nas ruas. Eu não vou responder ao governador em exercício Jackson Barreto na forma que ele respondeu. Não vou pedir para ninguém comparar minha vida pessoal com a dele. Só peço que acompanhem a minha vida política e a dele”. As palavras são do senador Eduardo Amorim (PSC).
Eduardo reagiu a provocação do governador em exercício Jackson Barreto, que, ao conceder entrevista à radio Xodó FM, em Nossa Senhora da Gloria, na última quarta-feira, dia 4, chamou o senador de preguiçoso. Também pediu que trabalhasse mais pela região. “Você já viu tantas metralhadoras, tantos canhões, tanta agressão verbal na história de Sergipe com alguém que nunca disse que era candidato ao governo? Eu nunca disse que era candidato. Minha vida política tem seis anos e sete meses apenas. Por que essas pessoas estão incomodadas? Eu não tenho esse defeito (preguiça) de ficar parado, e minha vida mostra isso”, disse Amorim.
O senador afirmou ainda que veio de uma família extremamente pobre, conseguiu passar no vestibular de medicina, estudando em escola pública e sem fazer pré-vestibular. “Antes, consegui fazer um curso técnico morando na casa dos outros. Eu vim conhecer a praia aos 18 anos de idade. Nossa luta diária era para sobreviver e o meu pai me ensinou que só tinha uma forma de atravessar melhor a nossa vida: buscar o conhecimento. Foi por isso que estudei em escola técnica, morei em república universitária. Quando fiz medicina, fiz duas residências médicas, fui morar em outro país, sem nunca antes ter saído do Brasil, e sem saber falar espanhol. Eu vim de escola pública sem nunca ter estudado em escola particular e sem ter feito cursinho. Minha primeira escola particular foi a Universidade Tiradentes com o curso de direito. Achava que não era suficiente porque para entrar no mundo político tinha que me qualificar. Fiz direito sem atrapalhar meu mandato em absolutamente nada”, disse.
Eduardo Amorim lembrou que a vida dele e dos seus irmãos, a exemplo do empresário Edivan Amorim, nunca foi acomodada – e nem de braços cruzados. “E a gente leva isso para o mandato. As pessoas falam de forma preconceituosa e agressiva, porque é essa forma que essas pessoas fazem política é que para convencer alguém tem que macular. Essa é uma forma enganosa. Ninguém merece isso. O cidadão quer atitude. Em uma das audiências que tive com o Ministério da Educação estava presente o deputado Rogério Carvalho. Pedimos a ação para a universidade para o campo de Itabaiana, Lagarto, Glória e Estância. Que bom que conseguimos. Essas pessoas que estão na política há dezenas de anos, por que não fizeram? Agora vem com esse preconceito. É para ficar calado, se em Tobias Barreto a água não sai da torneira ou quando sai não é tratada?”, indagou.
Eduardo disse ainda que a política não pode ser vista como uma profissão. “Minha profissão é medicina. Eu estou procurando fazer o que propus ao povo de Sergipe. Quando coloquei meu nome foi para servir, para diminuir as mazelas. Política pode ser profissão para algumas pessoas que há dezenas de anos só vivem da política. Para mim, é uma forma de servir. A gente ecoa o grito das pessoas e amplifica em todos os cantos, o sofrimento das pessoas, que precisam do Hospital do Câncer e não tem, do servidor público. Esse governo que aí está pregou diferente, pregou a esperança, mas está trazendo para a gente a desesperança. A forma que ele quer calar é preconceituosa, se utilizando de armas que muitas vezes se utilizou. Chamar disso e daquilo, agredir… Mas acho que as pessoas não me conhecem.”