Por Joedson Telles
Pesco em um programa de rádio, se a memória não conduz sutilmente ao erro, ancorado pelo amigo radialista Jailton Santana, na Rio FM, que o ex-deputado federal Valadares Filho já deixou o governo Lula e desembarca em Aracaju focado nas eleições. Especula-se que ele tanto pode ser “pré-candidato a vice-prefeito”, ao lado do pré-candidato Luiz Roberto, como pode ser pré-candidato a prefeito.
Na primeira alternativa, não há dúvida que Valadares Filho reforçaria o projeto do grupo do prefeito Edvaldo Nogueira e do governador Fábio Mitidieri.
Além de não ser um calouro na vida pública e ter serviços prestados à população da capital – sobretudo quando tinha cadeira na Câmara dos Deputados, e, mais recente, no Governo Federal -, Valadares Filho é ficha limpa. Também amealhou experiências em eleições majoritárias. Conhece Aracaju.
Compute-se ainda que Valadares Filho, além da sua densidade eleitoral, também herda, no mínimo, uma fatia considerável da densidade do ex-senador Valadares. Ou seja, Valadares Filho tem muito a contribuir. Não seria um aventureiro.
Já na segunda alternativa, ele mesmo ser pré-candidato a prefeito, Valadares carregaria tudo que já foi posto até aqui em favor do seu nome, mas lhe faltaria um grupo político robusto.
Obviamente, pelo acirramento da disputa por espaço dentro do bloco governista, Valadares Filho teria muita dificuldade de reunir aliados em torno do seu nome, neste caso indo de encontro ao nome escolhido por Edvaldo e Fábio.
Fora do bloco governista, creio, ele teria até mais dificuldade para atrair lideranças e fortalecer a pré-candidatura. O ex-deputado pegaria o trem andando e, como aconteceria com qualquer um, teria desvantagens frente aos que embarcaram na estação. Marchar praticamente sozinho nem merece ser comentado.
Entretanto, como o assunto é política, e não matemática, não surpreenderia se Valadares Filho retornasse ao bloco como “plano B”, caso houvesse algum problema com a pré-candidatura de Luiz Roberto. Insisto: é política, e não matemática.