O levantamento inédito foi realizado pelo Índice de Progresso Social (IPS)
Um levantamento inédito realizado pelo Índice de Progresso Social (IPS), que avalia a qualidade de vida em todas as cidades brasileiras, revelou que Aracaju é a capital com a melhor qualidade de vida no Nordeste e ocupa a décima posição no ranking nacional, com IPS de 67,89. O estudo foi publicado, nesta quarta-feira, dia 3, pelo jornal O Globo, e o resultado pode ser sintetizado como a colheita de uma lavoura de investimentos estratégicos em áreas essenciais implementados pela Prefeitura de Aracaju nos últimos sete anos e meio.
Ao semear uma gestão responsável, pautada em equilíbrio entre crescimento econômico com responsabilidades fiscal, social e ambiental, a Prefeitura investe numa série de melhorias em infraestrutura básica, saúde, educação, mobilidade urbana, moradia e assistência social, proporcionando um ambiente mais saudável e acolhedor para seus habitantes, com prioridade para as áreas mais pobres, como evidencia o IPS Brasil.
O prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) comemora o resultado do índice ao enfatizar que essa conquista reforça o compromisso da administração municipal de continuar trabalhando para melhorar ainda mais a qualidade de vida dos aracajuanos.
“Saber que Aracaju ocupa o primeiro lugar entre as capitais do Nordeste no ranking sobre qualidade de vida e a décima colocação entre todas as capitais do país, nos enche de orgulho, pois é um resultado que revela o trabalho efetivo que temos realizado na cidade nos últimos sete anos e seis meses. Através de um planejamento estratégico eficiente, colocamos em prática ações que nos fizeram avançar nas áreas consideradas prioritárias, e esse esforço empreendido nos permitiu acompanhar toda a transformação do nosso município, que levou a esse índice tão positivo e que só traz benefícios para os aracajuanos. Hoje, a população conta com uma cidade limpa, com as principais vias totalmente recapeadas, com mudanças significativas na mobilidade urbana, com a transformação completa do cenário em diversas comunidades que receberam obras estruturantes, com a redução das desigualdades, além da tecnologia na educação e saúde. Continuaremos trabalhando muito, com ainda mais disposição, para conquistarmos resultados tão bons quanto este em diversas áreas da administração”, destaca o prefeito da capital.
Aracaju também tem se destacado em âmbito nacional devido à sua gestão fiscal eficiente e à ampliação significativa de investimentos. Recentemente, a capital sergipana obteve uma série de reconhecimentos por organismos financeiros que evidenciam sua capacidade administrativa e compromisso com o desenvolvimento sustentável.
Esses feitos, de acordo com o secretário municipal da Fazenda, Jeferson Passos, são reflexos de um trabalho árduo e estratégico da atual administração, que tem priorizado a transparência e a eficiência na gestão dos recursos públicos.
“Aracaju sempre se destacou como uma cidade que tem uma excelente qualidade de vida. Esse novo índice, divulgado hoje [3], comprova isso. A decisão de sanear as contas públicas e de ter equilíbrio fiscal permitiu abrir espaço para que fossem captados recursos através de organismos internacionais para a realização de obras de infraestrutura que vêm transformando esta cidade. A estratégia também permitiu que recursos próprios do município fossem alocados para a realização desses investimentos. E isso se traduz, agora, nesses investimentos recentes, como construção de moradias, saneamento, pavimentação, drenagem, esgotamento sanitário, melhoria da qualidade da educação. Tudo isso refletiu no índice que demonstra como Aracaju vem progredindo em atender as expectativas da nossa sociedade”, sublinhou o gestor.
Da mesma maneira, o setor da saúde foi fortalecido com a reforma e construção de novas unidades de saúde, diminuição da fila de espera para procedimentos eletivos, implantação do prontuário eletrônico, da telemedicina, a ampliação de hospitais, a exemplo do Fernando Franco, além da aquisição de equipamentos modernos. Além disso, a Prefeitura tem investido na formação e capacitação dos profissionais de saúde, garantindo um atendimento de qualidade à população, como explica o secretário municipal de Saúde, João Vitor Burgos.
“O aumento de acesso à atenção primária teve papel fundamental para o cuidado da saúde básica. Somente entre os anos de 2022 e 2023, por exemplo, houve um aumento de 68% no número de consultas e procedimentos, além de 26% de evolução em exames laboratoriais e outros 23% em exames e procedimentos gerais. Programas como o Ver a Vida, criado em 2022, que tem como foco a saúde ocular, realizou mais de 200 mil consultas, exames e procedimentos, ampliando em 74% o acesso, zerando a fila para dessa área. De 2019 até o momento, foram três novas unidades de saúde (Roberto Paixão, Elizabeth Pita e Niceu Dantas). Além disso, temos também a oferta da Telemedicina e até mesmo o Serviço de Apoio Psicológico (Sapsi). O combate à covid-19 foi um dos grandes marcos, sendo que Aracaju foi posta entre as cidades no país que mais vacinou. Aracaju, inclusive, é reconhecida por ser referência em vacinação, com alta cobertura em todo o calendário vacinal”, lembrou o gestor da SMS.
João Burgos fez questão de destacar ainda um dos maiores investimentos da saúde dos últimos anos: a construção da Maternidade Municipal Lourdes Nogueira, a primeira unidade materno-infantil do Município. “Fruto de um investimento superior a R$ 18 milhões, a unidade, por se tratar de um equipamento que funciona de maneira integrada à SMS, possibilita que o acompanhamento das gestantes ocorra desde a Rede de Atenção Primária, passando pelo acompanhamento gestacional, com consultas pré-natal e acolhimento pós-parto, tudo para garantir a oferta de um serviço de qualidade”, ressaltou.
Na educação, a cidade se destacou com a construção de novas escolas e creches, além da reforma e ampliação das unidades já existentes. Programas de formação continuada para os professores e a implementação de novas tecnologias em sala de aula contribuíram para a melhoria do ensino, colocando a capital como cidade modelo em educação tech.
A política habitacional de Aracaju também foi destaque, com a construção de novos conjuntos habitacionais, como o Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres e o do Lamarão, que totalizam mais de 1.800 casas, proporcionando moradia digna para cerca de 1.800 famílias. Na área de assistência social, a Prefeitura desenvolve programas de apoio a famílias em situação de vulnerabilidade, promovendo a inclusão social e a melhoria das condições de vida.
A mobilidade urbana também recebeu atenção especial, com a implementação de novas ciclovias, ampliação e modernização do transporte público e a criação de corredores exclusivos para ônibus, facilitando o deslocamento dos cidadãos que utilizam o transporte público coletivo.
Sobre o IPS
Esse levantamento, chamado IPS Brasil, é uma metodologia internacional que calcula o bem-estar da população a partir de dados oficiais, em todas as cidades brasileiras. Com isso, foi elaborado um ranking sobre a qualidade de vida dos 5.700 municípios do país. O resultado mostra uma predominância do interior de São Paulo nas melhores colocações, enquanto a Amazônia tem os piores índices. O IPS Brasil filtrou mais de 300 indicadores até chegar a 52, entre órgãos oficiais e de institutos de pesquisa.
Conforme o levantamento, entre as capitais, Aracaju (67,89) só fica atrás de Palmas (68,07), Campo Grande (68,21), Cuiabá (68,47), São Paulo (68,79), Curitiba (69,36), Florianópolis (69,56), Belo Horizonte (69,62), Goiânia (70,49) e Brasília (71,25).
O IPS é dividido em três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas; Fundamentos para o Bem-estar; e Oportunidades. Cada uma delas tem quatro componentes, e formam a média final. Mas cada componente é formado por alguns (normalmente de três a cinco) indicadores, com pesos entre eles. Por exemplo, no componente de segurança, o dado de taxa de homicídio tem peso maior que o de morte de jovens.
A seleção dos indicadores priorizou os mais recentes, de boa qualidade e produzidos anualmente, já que o IPS será atualizado a cada ano, o que afastou o uso de números do Censo. Os pesquisadores também evitaram dados com padronizações diferentes entre estados e de alta subnotificação, o que é comum em números de segurança e explica a falta de estatísticas de roubos e furtos.