Jornalista explica que foi induzido ao erro e pede desculpas ao Sindijor/SE e ao Psol
O jornalista Carlos Batalha compareceu, na tarde da última quarta-feira, dia 21, ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (Sindijor/SE) e se retratou, após o comentário polêmico que fez em seu programa, na TV Atalaia, atingindo a saudosa vereadora pelo Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol), vítima de assassinato. Segundo o presidente do Sindijor/SE, o jornalista Paulo Sousa, Batalha, que se baseou em notícias falsas, justificou que foi induzido ao comentário por informações colhidas nas redes sociais, inclusive tendo como fonte uma desembargadora.
“Solicitei esta reunião para dar uma satisfação a minha entidade de classe jornalística sobre este episódio, que infelizmente acabei caindo nas armadilhas das redes sociais. Quero deixar claro que em nenhum momento tive a intenção de ofender a vereadora ou seus familiares. Pelo contrário, reconheço o importante trabalho social que ela desenvolvia em prol dos menos favorecidos. Fui induzido por uma notícia que estava sendo divulgada por milhares de pessoas, inclusive por uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Mediante o que li acabei me exaltando um pouco e falei o que não deveria ao fazer certas comparações. Quero pedir desculpas a todos que se sentiram ofendidos, mas todos sabem que minha conduta é de respeito às pessoas, principalmente às classes menos favorecidas”, explicou Carlos Batalha, assegurando que também já se retratou com o Psol de Sergipe.
“Fiz questão também de ir ao PSOL em Sergipe para mostrar a Direção do partido que não tive a intenção de ofender ninguém, muito menos uma pessoa que já não está mais entre nós. Retratei-me perante a Direção do partido e eles reconheceram que, na condição de jornalista, sempre me coloquei à disposição de todos os partidos, independentemente de bandeira política, que sempre abri espaços para os movimentos sociais e de direitos humanos, bem como para o movimento sindical. Fui infeliz em meu comentário, fui infeliz em não ter percebido que se tratava de uma Fake News”, disse.
Segundo Paulo Sousa, ao procurar o Sindijor/SE e o Psol e reconhecer o equívoco, Carlos Batalha demonstrou humildade. “O fato do Carlos Batalha, que é um jornalista experiente e muito conhecido em nosso estado, ter procurado o Sindijor/SE e os representantes da vereadora em Sergipe para esclarecer os fatos e admitir o equívoco cometido, é um sinal de humildade e compromisso com o bom Jornalismo que precisa ser reconhecido. Foi um equívoco que poderia ter acontecido com qualquer um de nós. Na era das redes sociais em que as pessoas divulgam qualquer coisa sem nenhum compromisso com a verdade, o jornalista faz a grande diferença. Somos nós os responsáveis por filtrar essas notícias que circulam nas redes, o que aumenta a nossa responsabilidade jornalística perante a sociedade. Explicamos isso ao Carlos Batalha e ele assimilou prontamente”, disse Paulo Sousa.
Do Universo, com informações do Sindijor/SE