Por Joedson Telles
Está publicado no NE, site ligado ao ex-deputado estadual Gilmar Carvalho, que o ex-deputado federal André Moura “deve estar preparado para questionamentos, se, realmente, bancar candidatura em 2024”.
O curto texto enfatiza ainda: “o fato de agentes da Polícia Federal terem estado em sua residência, em Aracaju, e condenações no Supremo Tribunal Federal serão questionados”.
O pressuposto solto no ar sem a argumentação devida não seria surpresa se virasse realidade. André Moura é um político e, como tal, não lhe falta adversários. Aliás, sua carreira – entre altos e baixos – instiga ainda mais os que disputam espaço.
Creio que, de fato, e André Moura sabe bem mais que qualquer um, se entrar na disputa precisa estar pronto para qualquer coisa. E isso vale para todos os políticos, evidente.
O curioso, contudo, e parece não ser levado em conta, de acordo com o texto do NE, é que, na verdade, André já foi questionado e passou na prova.
A eleição da deputada Yandra Moura, em 2022, até então uma jovem desconhecida da maioria do eleitor, tem o carimbo de André. A liderança e o trabalho político de André. Aliás, na campanha, a publicidade era em torno de Yandra de André.
Vou mais além: se hoje Yandra faz um bom começo de mandato, e a imprensa e as redes sociais registram isso, não tenho a menor dúvida que a orientação e a experiência partem do seu pai, André Moura. É difícil imaginar Yandra dispensando esta “assessoria especial”.
Não tenho conhecimento se o ex-deputado André Moura disputará as eleições 2024. Muito menos, no ano de 2026. Tampouco se lançará alguém da sua confiança. Até pela regra do jogo, não existe candidatura neste momento.
Contudo, André, direta ou indiretamente, por certo, estará em ação, e os 131.471 votos de Yandra de André (o segundo colocado, Ícaro de Valmir, obteve 75.912 votos) dão uma dica do peso dos tais “questionamentos” no processo.
