Por Joedson Telles
O deputado federal André Moura (PSC) apontou toda a sua artilharia contra o governador Jackson Barreto (PMDB), ao ser entrevistado pelo radialista Jailton Santana, na Rede Ilha, na manhã desta quarta-feira 15. André bateu duro no gestor JB e muito mais no político JB, chegando a colocar em xeque a honestidade do chefe do Poder Executivo de Sergipe. André afirmou que Jackson não tem credibilidade e não merece a confiança dos sergipanos, por conta da sua história de vida. E salientou que o adversário já foi inimigo do prefeito de Aracaju, João Alves (DEM), e da senadora Maria do Carmo (DEM), mas, agora, tenta uma aliança com eles para se manter no poder.
“Por isso esquece seu passado. Quem tanto criticou. A mesma coisa quando do seu impeachment na Prefeitura de Aracaju por roubo. Ele acusou Valadares de ser o responsável pela morte da sua mãe, pelo desgosto que ela teve. Jackson falou tudo que podia ser dito em relação a Marcelo Déda, enquanto deputado estadual, que dizia ser o carrasco responsável pela sua cassação. Jackson é um cidadão que pela sua história não demonstra ter palavra”, assegura André Moura.
Provocado sobre a animosidade Antônio Carlos Valadares (PSB) x Rogério Carvalho (PT), por conta da exoneração de Luciano Pimentel da Caixa Econômica, André jogou no colo de Jackson Barreto. O deputado do PSC afirmou que o desentendimento não é nenhuma novidade, e assegurou que já esperava. Segundo ele, uma coisa era a característica que tinha o então governador Marcelo Déda, que sempre teve compromisso com seus aliados, e sempre teve característica de manter unido o bloco, que o fez governador do estado de Sergipe. “Jackson Barreto não tem a mesma característica que tem Marcelo Déda”
No campo administrativo, André Moura observou que a primeira iniciativa do governador Jackson Barreto, que segundo ele, fala tanto em economia, deveria ser extinguir a estrutura do gabinete do vice-governador do Estado, até o dia 31 de dezembro de 2014, já que não existe um vice-governador com a morte de Marcelo Déda. “Mas isso é apenas uma gota d’água nos gastos que poderiam ser usados em benefício da população sergipana. Sabemos que o governo de Sergipe tem hoje mais de seis mil cargos comissionados ocupados, na grande maioria, por lideranças políticas ligadas ao governador que não trabalham, não produzem em benefício de Sergipe”, denuncia.
André assegurou ainda que esta conta acabou caindo no colo dos servidores públicos estaduais, que pela primeira vez na história, no ano passado, não tiveram direito ao reajuste salarial, nem sequer a correção do índice de inflação. “O servidor do Estado de Sergipe não têm o que comemorar. Eles entraram o ano de 2014 recebendo o salário de referência de 2012. É um absurdo. Como o servidor pode ter estímulo para trabalhar em um governo como esse que não dá o tratamento que merece o servidor público?”, indagou.
Segundo André Moura, como é ano de eleição, não há dúvida que, até o meio do ano, o governador Jackson Barreto concederá o aumento do servidor. “Fiquem os servidores muito atentos com esse tipo de atitude que deixa o servidor público sem reajuste durante toda uma gestão e no ano de eleição dá o reajuste para querer enganar, mas sabemos que o servidor público está muito atento para isso e no momento certo dará a resposta correta”, disse.