Por Luiz Sérgio Teles
A deputada estadual Ana Lúcia (PT), convocou os parlamentares estaduais para se mobilizarem no sentido de
de reverter a decisão do Governo Federal de fechar a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) de Sergipe, instalada em Laranjeiras. Segundo ela, há uma cadeia produtiva que será quebrada, inclusive a segurança alimentar.
“Mais de 200 funcionários da Fafen serão redistribuídos. Nossa televisão tem que entrar com uma campanha sistemática perfeita, e tem que ser urgente, para que a população sinta o que vai chegar na porta de cada um. Toca na alimentação, no emprego, numa cadeia produtiva que vai desestabilizar mais ainda a economia de Sergipe”, disse.
A deputada lembrou que o saudoso governador Marcelo Déda (PT) lutou muito para ampliar a Fafen – e desde 2017 a Petrobras informou ao governo o desinvestimento no setor de fertilizantes.
“O estranho é que só hoje a população tomou conhecimento. nesse sentido temos que nos conscientizar que não é só a fábrica que vai ser fechada. Não é só a Fafen de Sergipe que vai ser fechada. Tem a da Bahia e a do Paraná, Não podemos aceitar isso. Nós como parlamentares devemos fazer uma mobilização forte no sentido de reverter esse cenário “, disse.
Gilmar Carvalho
O deputado Gilmar Carvalho (sem partido) anunciou que protocolou na Casa uma proposta de formação da Comissão Especial que deve ser aprovada, nesta quarta-feira, dia 21. “Nossa bancada federal deve ser pressionada. Estamos falando da Fafen Sergipe e Bahia, que tem uma bancada numerosa e tem muito prestígio com o Governo Federal. Não é aceitável que o parlamento federal só a tribuna, mas que as bancadas dos estados se unam para pressionar o presidente da República”, disse o deputado.
O líder do governo na Casa, Francisco Gualberto (PT), lembrou que nos anos 90 travou uma grande luta contra a privatização da Fafen. “Parte da sociedade sergipana se mobilizou, a Assembleia se mobilizou, houve uma publicidade em rádio e televisão. No período conseguimos tirar a Fafen da privatização. Agora é pior. O Governo que aí está quer fechar. Os equipamentos se ficarem sem utilização viram sucatas. Com essa medida haverá desemprego, diminuição do consumidor, ataque ao comércio e diminuição da capacidade arrecadativa do estado e do município. É um prejuízo incalculável. O discurso do governo Temer é que a empresa dá prejuízo. Eu estive lá durante 20 anos e sei que a empresa é lucrativa”, afirmou.