Por Joedson Telles
Ao repetir, durante uma entrevista que concedeu ao amigo Narcizo Machado, na Fan FM, o que já havia dito ao Universo, que descarta a pré-candidatura da deputada federal Yandra Moura, para sepultar as chances de entregar ao ex-deputado André Moura os cofres da Prefeitura de Aracaju, o senador Alessandro Vieira acrescentou que André foi condenado pela Justiça; não foi inocentado como circula a notícia, mas fez um acordo para não ser preso.
As declarações, que são típicas do perfil de Alessandro, servem de combustível para uma flagrante relação de animosidade dentro do bloco governista, que pode, evidentemente, dificultar o êxito do projeto 2024. Hoje, nem o mais otimista dos aliados de ambos consegue imaginar os dois harmonizados, marchando juntos e misturados em nome do futuro candidato – ou futura candidata – do bloco. Como é política, amanhã só Deus sabe.
Entretanto, arrisco registar neste modesto espaço que a birra se estenderá ao ano de 2026, por razões óbvias: o senador Alessandro já deixou claro que será pré-candidato à reeleição e o ex-deputado André Moura sonha com o Senado, há muitos anos. É seu projeto voltar para Brasília.
Esta óbvia constatação dos interesses de ambos no mesmo objetivo, somada às entrevistas que Alessandro concedeu ao Universo e à Fan, não deixa dúvida: em 2026, o senador pegará pesado contra o “concorrente” André, que, por sua vez, deve continuar usando como escudo de defesa a comparação do volume de recursos que cada um viabilizou para Sergipe.
P.S. Mesmo com essa posição, Alessandro assegura ter uma relação excelente com a deputada Yandra Moura, filha de André. O internauta consegue entender?
