Por Luiz Sérgio Teles
O senador Alessandro Vieira (Cidadania) avalia as críticas feitas ao seu grupo político como uma preocupação dos adversários por acompanharem as pesquisas de intenção de voto que mostram, segundo ele, que a população tem absolvido a forma de fazer política do grupo, que, em breve, anunciará um pré-candidato (ou uma pré-candidata), visando o processo eleitoral de Aracaju, em 2020. “Eu vejo muita gente preocupada e tomando remédio. Dobre a dose, agora, porque, muito em breve, a gente vai anunciar os próximos passos. Esperamos o momento certo pra ver todo mundo se ajustar nas cadeiras – e vamos fazer uma candidatura, em Aracaju, que será vencedora”, garante.
Alessandro ratificou a força do grupo e disse que já está acostumado com uma forma de fazer política diferente do que está todo mundo viciado em fazer. “Todos, ou quase todos, já se aglutinaram em torno de dois grandes financiadores de campanha que nós temos: alguns empresários e o próprio Governo do Estado, de onde eles drenam recursos dos cargos comissionados. Todo mundo corre atrás do dinheiro. A gente trabalha no sentido contrário. Conversando com as pessoas. Num momento oportuno, que quem vai escolher somos nós, a gente vai fazer esse anúncio. Está perto”, diz.
Sobre o fortalecimento do bloco político, formado, hoje, pelo Cidadania, Patriota e Novo, Alessandro assegurou que a tendência do grupo é crescer dentro de uma construção de conversa e com pessoas que tenham a mesma linha de pensamento.
“Disseram que a gente não poderia ser candidato e a gente mostrou que podia. Falaram que a gente não poderia ganhar e a gente ganhou. Em Sergipe, todo mundo se conhece. Disseram que a gente ia chegar em Brasília e não iria saber caminhar lá. A gente está completando um ano de trabalho, mostrando que sabemos caminhar em Brasília. Agora, o teatrinho é que não vamos conseguir formar um grupo para disputar a campanha. É só dar tempo ao tempo. Essa turma viciada no poder e no dinheiro dos outros vai se acostumar a ficar fora”, assegurou.
Edvaldo e Belivaldo
Sobre o diálogo com o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira , e com o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), o senador avaliou que, apesar das divergências políticas, Edvaldo o procurou e pediu apoio para ter mais recursos e investimentos em obras para Aracaju. Já o governador, não teve a mesma iniciativa.
“É muito claro que o grupo de Belivaldo tem muito medo do processo eleitoral. Eles têm medo de perder espaço. Isso dificulta e retarda as iniciativas. Todas as reuniões que eu tive com Belivaldo, ao longo do ano, foram as que eu solicitei e vou continuar fazendo assim. Sergipe não merece que a gente perca tempo com picuinhas. A gente tem que trabalhar sério”, frisou.
2022
Alessandro Vieira também comentou o processo político de 2022. Para o senador, o trabalho desempenhado hoje por ele e por seus aliados tem como objetivo passar o Brasil e Sergipe a limpo, o que pode acontecer com uma candidatura sua ou de algum correligionário – ou mesmo apoiando um nome que tenha a mesma visão de mudança – ao Governo do Estado.
“O que eu não acredito é em política de indivíduo. Se fosse para fazer política individual, eu estava tranquilo tocando oito anos de mandato sem preocupação. Eu me recordo que, nas primeiras 24 horas de mandato, a gente estava brigando para que Renan não assumisse a Presidência do Senado. Eu ouvi de vários colegas, inclusive sergipanos, para ter calma, que a gente tinha muito tempo. O Brasil não tem tempo. Tem pressa. Essa luta a gente vai fazer, mas sempre aglutinando pessoas que pensam igual”, disse.
André Moura
Outro ponto observado pelo senador foi uma entrevista que o ex-deputado federal, hoje secretário da Casa Civil e Governança do Rio de Janeiro, André Moura (PSC), concedeu ao Universo. Na oportunidade, em resposta a uma entrevista que o próprio Alessandro concedeu também ao Universo, afirmando que André fez aliança com gente que está na cadeia, André afirmou que o senador é zero em eficiência para Sergipe e que desconhece se o senador trouxe alguma coisa para o estado.
“Muitas pessoas encaminharam a entrevista. André tem o direito de ter a opinião dele, mas, certamente, não podemos ser comparados nos mesmos quesitos. Ele tem uma ideia política que eu não concordo. Eu prefiro continuar trabalhando, e que as pessoas vejam este trabalho e, no final das contas, compare. A primeira comparação foi o resultado eleitoral. O eleitor sergipano não se deixou enganar pela suposta tonelada de reais que chegou a Sergipe. O cidadão sergipano está cada vez mais de olho aberto e a votação mostrou isso”, disse.
Reforma da Previdência Estadual
Sobre o projeto de Reforma da Previdência Estadual, proposto pelo Governo do Estado, Alessandro disse que já conversou com os deputado estaduais Georgeo Passos, Kitty Lima e Samuel Carvalho, e os orientou que peçam ao governo que apresente o projeto detalhadamente, que leve técnicos à Assembleia Legislativa para esclarecer quaisquer dúvidas, e que cada um haja de acordo com sua consciência.
“Qualquer reforma da Previdência é ruim para o cidadão. Mas como sustentar um Estado com a Previdência custando mais de R$ 100 milhões por mês? Albano Franco fez uma reforma, Marcelo Déda também fez. João Alves, quando governador, tirou o dinheiro da Previdência para investir na ponte Aracaju/Barra. Quando a gente chega em 2019 e a conta não fecha, é culpa de quem já administrou o Estado até hoje, e é o mesmo grupo que governa há quase 20 anos”, afirmou.
Com informações da FM Jovem Pan