A Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) recebeu, nesta terça-feira (26), representantes dos produtores de Caprinovinocultura do Estado de Sergipe. As palestras foram realizadas durante o Grande Expediente da Sessão Plenária. O Requerimento para realização do evento na Casa é de autoria do deputado Georgeo Passos (Cidadania). Na ocasião, o deputado Chico do Correio (PT) presidiu a Mesa, em razão de ausência do parlamentar requerente que está em viagem.
O deputado Chico do Correio destacou a importância de falar sobre o assunto. Ele explicou que esta área é responsável pela geração de emprego e renda para trabalhadores de várias cidades pelo estado.
“É um importante seguimento que atende ao micro e pequeno produtor, principalmente na área da criação dos caprinos e dos ouvinos, que traz um grande movimento financeiro do ponto de vista dos micros e dos pequenos. É cash, na hora que você traz a ovelha, a cabra e o bode para a feira, você já leva o dinheiro no bolso e isso faz a nossa economia ser perene, ser uma economia que movimenta bastante no médio e no alto sertão principalmente”, afirmou o parlamentar.
O parlamentar destacou ainda que é preciso levar essas informações para os Governos do estado e federal, para a Emdagro, Embrapa e Universidade Federal. O deputado defende que assim é possível sanar como firmar parceria para que esse importante segmento possa, ainda mais, gerar emprego e renda.
O presidente da Associação dos Caprinovinocultores, Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Estado de Sergipe (Asca), José Ueverton Grigório, afirmou que é preciso auxiliar os pequenos produtores que precisam de programas de incentivo.
“A política pública precisa olhar com bons olhos para os pequenos e médios criadores do alto sertão, que é quem sobrevive da capinocultura. É um setor que gera emprego para o estado como um todo, porque temos produtores no Agreste, mas falta lançar programas de desenvolvimento para fazer a cadeia crescer e se desenvolver para aumentar a potencialidade do rebanho”, declarou.
O zootecnista Marcos Felipe dos Santos lembrou que esta é uma cadeia produtiva que contribui muito para a geração de renda de muitas famílias pelo estado. Ele explicou que o setor convive com muitas dificuldades.
“Nós ainda temos muito mercado informal em relação ao abate dos animais e ao beneficiamento do leite, então precisamos criar umas políticas públicas para a volta dos abatedouros municipais, claro que com toda a regulamentação ambiental e credenciamento, além dos investimentos voltados principalmente para os pequenos produtores porque muitos deles não têm condições financeiras de arcar com construção de um laticínio de grande porte”, falou.
O produtor de leite, Erivan Marques, lembrou que é necessário dar maior atenção ao setor porque este é responsável por 70% da economia do alto sertão. Ele explicou que é preciso investir nestes trabalhadores.
“De cada R$ 10 que circula naquela região, R$ 7 vem do homem e da mulher do campo, daqueles invisíveis que ninguém enxerga, que é quem está colocando a economia do alto sertão como uma das melhores economias do estado. A economia do sertão está fundamentada na pecuária leiteira, toda a riqueza do sertão passa pelo peito de uma vaca, se ele secar não é bom para ninguém, todo mundo perde”, afirmou.
Ele ainda acrescentou que o dinheiro conquistado com a produção fica na região e isso faz com que o crescimento do sertão seja possível. Desta forma, todos os moradores são beneficiados pela criação de caprinos e ouvinos, além da produção leiteira.
O caprinocultor Walisson Santana disse que precisa dar visibilidade para os problemas enfrentados, por isso a necessidade de visitar a Alese e mostrar como é possível solucionar estas questões. “Nós estamos buscando a visibilidade para a categoria, para que possamos, junto ao Estado e à Assembleia Legislativa, trazer incentivos para esses pequenos produtores”, afirmou.
Da Agência de Notícias Alese/Foto: Jadilson Simões