Por Joedson Telles
“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações” – Tiago 1:2 (NVI).
Tiago escreveu a epístola da qual este versículo faz parte para os cristãos judeus (alguns defendem que o texto também é destinado aos gentios) que enfrentavam sofrimento – sobretudo por perseguição religiosa. Injetar ânimo através da fé na soberana bondade de Deus foi – e continua sendo – o propósito.
O sofrimento persiste no mundo atual e atinge todos os tipos de pessoas por toda parte. “… o ser humano nasce para o sofrimento, como as faíscas das brasas voam para cima” – Jó 5:7 (NAA). A carta de Tiago, portanto, é atual.
Doenças. Problemas conjugais ou financeiros. Estar na posição de vítima de um crime sexual ou de homicídio. Perder alguém que ama ou ter um filho viciado em drogas… São vários os exemplos de sofrimento. Todos machucam de forma ímpar.
Apesar disso – e por causa disso -, Tiago exorta se alegrar diante das provações. Argumenta que a dor prova a fé, gerando a perseverança.
Adotar tal postura de confiança total em Deus, independente das circunstâncias, no entanto, é um privilégio do verdadeiro cristão, que não é entendido jamais pelo homem natural.
É preciso a presença do Espírito Santo. Só com o seu intelecto, o homem verá apenas o lado negativo do sofrimento. Aquele que machuca.
Sofrimento gerando alegria é algo profundo demais para uma mente secular discernir. Mas foi justamente assim que Cristo Jesus realizou sua obra na cruz. Enfrentando voluntariamente o maior sofrimento que a mente humana pode imaginar, ele salvou seu povo, garantindo a alegria eterna, no Reino de Deus.
O convite à alegria, portanto, repousa na fé que Deus, por conta do sacrifício de Cristo, recompensará, nesta ou na próxima vida. “… Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2:9).
