Por Joedson Telles
“… tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças…” – Romanos 1:21 (NVI).
O apóstolo segue explicando o que provoca a ira de Deus contra toda impiedade e injustiça dos homens (v. 18). Mais que isso, ele espelha a necessidade de arrependimento e conversão, já que tais homens vivem pelo próprio entendimento, não obedecendo a Deus, mesmo tendo a revelação da Sua existência na natureza e, posteriormente, nas Escrituras e no ministério de Jesus Cristo na terra.
Essa era a situação do homem também na Espanha, quando Paulo escreveu a carta aos Romanos; também com o propósito ter o apoio da igreja romana na sua missão de evangelizar em terras espanholas.
É curioso – e bem mais preocupante – que a situação do homem não tenha mudado em todos os cantos do mundo, nos dias atuais. Uma rápida reflexão sobre as pessoas que conhecemos revela, com certa facilidade, que a maioria não tem prazer em viver dentro dos propósitos de Deus. São pessoas que teimam em não reconhecer a glória de Deus ou conhecem a verdade, mas dão de ombros.
Os rebeldes fazem pouco caso do criador, mas, paradoxalmente, dependem 100% da graça comum derramada por Deus em suas vidas. Sequer respirariam sem o ar criado por Deus. Mas banalizaram a complexidade do corpo humano, que só Deus tem o poder de construí-lo e colocá-lo em funcionamento. Glória a Deus.
Os rebeldes não se preocupam com a certeza da morte e a total falta de controle humano sobre esta. A busca amiúde pelo prazer momentâneo – material – sufoca quaisquer anseios espirituais imprescindíveis à vida piedosa exigida por Deus. Santificação é uma palavra que soa fora de moda, muitas vezes, até dentro da igreja. Mas nunca deixa de ser imprescindível dentro dos propósitos do Senhor (Hebreus 12: 14).
A flagrante insubordinação da criatura ao seu criador explica o caos no qual este mundo está mergulhado, desde que o homem afrontou a aliança com Deus, se permitindo abrir a porta para satanás entrar em sua vida (Gênesis 3).
A mesma ingratidão do homem com Deus, que lhe deu a vida e o paraíso, naquela época, é vista também, nos tempos de hoje, cada vez que se toma uma decisão à revelia da Palavra de Deus, que revela a vontade divina e torna o pecado indesculpável.
Podemos afirmar, por fim, que o orgulho humano não quer ter a “liberdade” cerceada. A ideia clara é rejeitar o projeto de Deus e tentar construir um personificado. Cegos, os rebeldes agem como quem acreditam ser mais inteligentes do que Deus, mesmo vivendo no mundo criado por Deus e sob a Sua graça e misericórdia.
“Repudiam a filosofia de vida de Deus e sacodem para longe deles o que consideram escravidão e servidão da religião e de uma vida controlada por Deus”, observa o teólogo galês D.M. Lloyd – Jones (1899-1981). “Loucos…”, define o apóstolo Paulo (Romanos 1: 22). O juízo final não tarda, deixa evidente Cristo Jesus, em Mateus 25: 31.