Por Joedson Telles
Pergunto aos botões: depois do senador Alessandro Vieira quem será o próximo da lista virtual a ser instigado pelo deputado estadual Rodrigo Valadares – convidado a manter viva a política baixa do toma lá dá cá? Seja lá quem for, penso que o problema do deputado Rodrigo Valadares é ser levado a sério. Ao que tudo indica, ele escolhe os adversários, mas estes sequer dão ouvidos. Dão de ombros aos “cordiais” verbos. Fazem pouco caso das provocações feitas através das redes sociais, da tribuna da Alese, da mídia. E neste silêncio como resposta parece até que tentam dizer que não enxergam em Rodrigo Valadares tamanho político para merecer atenção.
Seria uma estupidez descartar aqui que, no fundo, o deputado inexperiente age com a agonia de quem está se afogando porque quer o melhor para Sergipe. Ninguém além dele mesmo pode cravar com precisão sua verdadeira intenção. Ou seja, ao seu estilo atabalhoado, Rodrigo pode, sim, estar querendo fazer o bem a Sergipe.
Do mesmo modo, contudo, quem seria ingenuo suficiente para não levar em consideração a hipótese de Rodrigo Valadares ir pra cima dos adversários de qualquer forma pensando muito mais em seus interesses pessoais? Crescer enquanto político? Se fortalecer sonhando em disputar uma eleição majoritária? Queimar etapas? Aproveitar a crise que esfacelou a oposição e tentar ser o maior nome do contra em Sergipe?
E se o próprio umbigo for a sua razão de ser não soará novidade. Não deveria ser, mas é do jogo político. Historicamente, a política é uma batalha por mentes que deságua em votos, que dificilmente servirão ao coletivo. Mentes fracas sobretudo. O político cria o discurso, se o eleitor se moldar vota. Se Rodrigo usa da demagogia (repito: só ele mesmo sabe das suas reais intenções), portanto, não inventou a roda.
Aliás, a tática de chamar Belivaldo, Edvaldo, Alessandro para o embate nada mais é que tentar manter viva a velha política. Quem não lembra, por exemplo, que, até bem pouco tempo, pela imprensa e pelas redes sociais, o ex-senador Valadares e o ex-governador Jackson Barreto jogavam tempo no lixo, protagonizando justamente o tipo de debate que Rodrigo tenta travar, mas não encontra adversário e segue o monólogo?
A propósito, o deputado Rodrigo Valadares, quando provocado por qualquer político que não seja escolhido por ele para debater suas próprias sementes, costuma se sair com a desculpa pífia que não vai terceirizar o debate. Pelo visto, Belivaldo, Edvaldo e, agora, Alessandro também não. No primeiro momento, algumas respostas até emergem, mas se percebe que bem mais como uma forma de dar satisfação à sociedade. Belivaldo, Edvaldo e Alessandro continuam dando de ombros a Rodrigo Valadares.
