“Ao todo são 2.080 táxis legalizados em Aracaju e temos um cadastro com 800 deles que já se colocaram à disposição da Prefeitura Municipal para realizarem, mesmo que temporariamente, o serviço de táxi-lotação, como os que já existem para o Bugio e outros bairros. Nossa sugestão, inclusive, é que o prefeito João Alves Filho (DEM) permita que esse serviço seja realizado nas faixas exclusivas que foram criadas no trânsito da capital para ônibus e para taxistas com passageiros”.
A proposta foi feita pelo vereador de Aracaju, Adriano Oliveira, o “Adriano Taxista”, da tribuna da Câmara Municipal. O parlamentar defendeu o direito dos trabalhadores protestarem, em alusão as manifestações dos motoristas particulares que prestam o serviço de táxi clandestino, mas ressaltou que todos têm direitos e deveres e que “o meu Direito começa quando o seu termina! Já fui defensor de táxi e sei o quanto é difícil você sobreviver neste sistema”.
Um pouco mais adiante, Adriano colocou que não tem nada contra os clandestinos, mas enfatizou que “só acho que eles se fossem devidamente regularizados na SMTT, com toda a preparação dos demais taxistas, com os cursos e pagando os impostos, poderia ser algo a se pensar. O que não é certo e que nós vamos combater sempre é o cidadão que pega seu carro, com a placa cinza e vai para a rua prestar um serviço ilegal para a sociedade”.
Adriano Taxista explicou que se existem deficiência no sistema de transporte da capital, por exemplo, que se busque soluções. “A Prefeitura de Aracaju agora inovou com esses corredores exclusivos. Temos 2.080 taxistas ao todo e 800 dispostos a assumir o serviço de táxi-lotação para melhor atender a população. Algumas cidades já viabilizam a faixa exclusiva. É preciso conscientizar a população, é preciso de uma frota de carros de qualidade para que as pessoas sejam transportadas com conforto e carinho”.
Além de pedir para que os táxis-lotação tenham acesso as faixas exclusiva, Adriano acabou fazendo uma nova denúncia sobre os “clandestinos”. “Enquanto cobram diárias de R$ 170 para se rodar com o carro alheio no Santa Lúcia, tem gente vendendo ponto que não existe por R$ 5,5 mil. Muitas vezes os trabalhadores nem conseguem R$ 100 de renda livre”, alertou o vereador.