“Não coloquei meu nome à disposição. Eu disse que é preciso ouvir o povo antes de decidir”, diz
Grupo reunido: maioria quer nome próprio
Por Joedson Telles
Cara a cara. Olho no olho. Dizendo o que pensam. Sinceridade nas palavras… Assim integrantes do agrupamento político da oposição ao governo Jackson Barreto discutiram a sucessão eleitoral de Aracaju, nesta segunda-feira, dia 15, durante uma reunião que aconteceu no Hotel Aquários, na Orla da Praia de Atalaia. Após mais de três horas de debate, o saldo: o deputado federal Laércio Oliveira (SD) ratificou seu apoio a uma possível pré-candidatura de João Alves (DEM) à reeleição, o senador Eduardo Amorim (PSC) confirmou a sua pré-candidatura e o deputado federal Adelson Barreto (PTB), que ficou surpreso com a pré-candidatura de Eduardo, condicionou sua participação direta no processo à vontade do eleitor – sem confirmar pré-candidatura neste momento.
“Não coloquei meu nome à disposição. Eu disse que é preciso ouvir o povo antes de decidir. Fazer uma pesquisa de opinião pública. Colocar alguns nomes para o eleitor e, aí, tomar as decisões com base no que pensa o povo. Nunca participei de uma eleição sem saber o que o povo pensa”, disse Adelson Barreto.
Por sua vez, o deputado Laércio Oliveira voltou a exaltar as qualidades do senador Eduardo Amorim e a importância de preservá-lo para 2018. Porém, manteve-se coerente com sua posição de aliado do prefeito João Alves. “Já expliquei meu posicionamento por João e Machado”, disse, referindo-se a coerência de manter a sua palavra.
Apesar da firmeza do deputado do Solidariedade, o senador Eduardo Amorim deixou a reunião otimista. Ele acredita que Laércio Oliveira irá refletir e pode aderir à sua pré-candidatura. Eduardo entende que estar à disposição do grupo para entrar na disputa pela Prefeitura de Aracaju é uma honra. “Se acontecer, será uma honra. Vejo isso como uma missão. Profissão eu tenho: a medicina. Mas política é missão”, disse, explicando que o posicionamento do grupo não significa um rompimento com João Alves.
“Temos respeito e consideração. Se comparecer ao meu gabinete, respeitarei sempre. Doutor João tem a sua história construída em Sergipe. Agora, o momento é outro. Precisa melhorar. Crise não pode ser justificativa para tudo que está acontecendo. Esperávamos outra gestão”, disse.
O deputado estadual Georgeo Passos (PTC) salientou que a reunião proporcionou a todos os integrantes do bloco emitir suas opiniões sobre o processo eleitoral, inclusive com espaço para o contraditório. O deputado entende ainda que tanto Eduardo Amorim quanto Adelson Barreto são nomes fortes para a disputa.
“Os dois hoje têm condições. Eduardo vem com a bagagem de quem disputou o Governo do Estado, é uma pessoa preparada. E o Adelson tem um viés político bem forte na Grande Aracaju. Isso deve ser levado em consideração: potencial do pré-candidato e sua capacidade técnica. Esta união vai fazer uma chapa forte”, disse.
Segundo o deputado André Moura (PSC), a segunda etapa é iniciar o diálogo com todos os Diretórios Nacionais dos partidos da base aliada para fortalecer o grupo.
“Para poder a gente construir este entendimento que foi decidido. Lógico que você não define uma candidatura própria para disputar uma prefeitura da capital com a decisão interna. Você precisa ampliar isso. Depois disso, vamos buscar outros partidos que ainda não tenham definido suas candidaturas para que possamos ampliar este entendimento”, disse André.
Participaram da reunião, o senador Eduardo Amorim (PSC), os deputados federais Laércio Oliveira (SD), André Moura (PSC) e Adelson Barreto (PTB) e os estaduais Venâncio Fonseca (PP), Georgeo Passos (PTC), Capitão Samuel (PSL), Maria Mendonça (PP), Dr Gilson (PTC), Antônio dos Santos (PSC) e Valmir Monteiro (PSC). Além deles, participaram o ex-deputado estadual Zé Franco, o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, o empresário Edivan Amorim, o presidente do PSDB de Sergipe, Pedrinho Barreto, o presidente do Solidariedade de Aracaju, Carisvaldo Rezende, e o ex-vereador Vovô Monteiro.
