Terminou agora a pouco uma reunião entre o prefeito de Canindé de São Francisco, Heleno Silva, e o promotor de Justiça da comarca de Canindé de São Francisco, Emerson Oliveira Andrade. Na pauta, a determinação do MPE para que a prefeitura suspenda, desde a última segunda-feira, 13, todos os contratos de mão-de-obra da Educação. São 296 funcionários ao todo, sendo 104 professores, além de serventes, vigilantes, cuidadores de crianças, monitores de ônibus e motoristas que trabalham nas escolas da rede municipal.
Segundo Heleno Silva, foi possível firmar um acordo, através do qual permitirá que todos os professores contratados retornem a partir de amanhã, 16, à sala de aula. De acordo com o prefeito, a situação de defasagem do quadro em Canindé é complexa devido à redução da carga horária de professores com o tempo de serviço acumulado. “A contratação é a única forma que o município dispõe hoje de repor essa carência. Além disso, realizamos uma busca ativa no ano passado e aumentamos em 1.000 alunos a nossa rede, que hoje conta com 9.000 estudantes”, explica.
Quanto à realização de concurso público para o magistério, Heleno Silva explicou que essa definição só será possível após a assinatura de um Termo de Ajuste de Gestão, com o Tribunal de Contas do Estado, para diagnosticar toda a receita e o comprometimento dela com o pagamento de salários. “O grande problema da gestão em Canindé é a Lei de Responsabilidade Fiscal. Hoje, somente a folha de efetivos já está em R$ 4 milhões. Além disso, estamos tendo uma perda de R$ 1,5 milhão mês com a diminuição do repasse de ICMS”, adverte.