“Desperdiçamos oportunidades preciosas de desenvolvimento. Estamos expulsando os investimentos por nos tornarmos um dos países mais corruptos do mundo. Precisamos arrancar o Brasil das mãos sujas e devolver ao povo brasileiro. O país precisa de uma posição equilibrada”, disse o palestrante do Almoço com Negócios de 2018, desta sexta, dia 9, o senador Álvaro Dias (Podemos), pré-candidato à presidência da República nas eleições de outubro. Nesta primeira edição de 2018 do encontro, idealizado pela Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese), o senador abordou as crises da “Conjuntura Política Nacional”.
O senador Álvaro Dias iniciou a palestra destacando a necessidade de punição aos que praticam crime de lesa-pátria. “O nosso processo de desenvolvimento econômico, que reduz as oportunidades de vida digna de milhares de brasileiros, eu creio que a prisão perpétua seria insuficiente. Hoje, no Brasil, 50% do que é arrecadado vão para os bancos e fundos de investimentos, apenas 3% são investidos na educação, 3% na saúde, 2% na defesa nacional e menos de 1% é destinado a agricultura brasileira”, argumentou.
De acordo com o senador, o Brasil foi desarrumado, mas é preciso apontar as causas e condenar os homens que erram para destruir o sistema corrupto que os produziu. “Vivemos como um balcão de negócios, o país é uma fábrica de escândalos de corrupção, barganha permanente do toma lá, dá cá”. O palestrante ainda pontuou sobre a escolha de pessoas para ocupar cargos importantes nos espaços de poder. “Esse modelo que vive o Brasil, proporciona a substituição da aptidão para os cargos, da qualificação técnica, da eficiência administrativa, pelo interesse político partidário, que é causa primeira da consagração da administração pública incompetente de forma absoluta. Quando os partidos políticos indicam ministros, diretores de estatais, como a Petrobras, por exemplo, não são apontados os mais qualificados, são aqueles que se sujeitam a esse sistema corrupto, com pretexto de se buscar recursos para projetos eleitorais, e na verdade, para o enriquecimento ilícito dos desonestos”.
O pré-candidato finalizou a palestra dizendo que nenhum processo de “Refundação da República” ganhará força sem o apoio da população. “Projeto algum do executivo terá êxito sem o aval da sociedade. Ela é a grande arma que tem o governante, por isso eu advogo a tese que para governar o país é preciso 50% de gestão e 50% de comunicação. É preciso que o presidente eleito saia com o calor das urnas e a legitimidade do voto, conquistado com credibilidade, para apresentar a seleção de reformas para a população. Só assim, terá o apoio necessário”.
Convidado do evento, o empresário e ex-governador de Sergipe, Albano Franco, destacou que a palestra foi didática e corajosa, pois abordou temas cruciais para o desenvolvimento do Brasil. “Defendo a manutenção dos incentivos fiscais, para que as indústrias possam ser implantadas em Sergipe e no Nordeste”.
O empresário e associado da Acese, Juliano souto, disse que as palavras do senador Álvaro Dias, calharam com propriedade num ambiente empresarial. “Foram palavras firmes e sensatas. É disso que o Brasil precisa hoje, medidas corretas e com responsabilidade. O senador conseguiu transmitir isso no almoço. Essa é uma condição primordial. O povo brasileiro precisa readquirir a confiança e o espelho nas suas lideranças, o senador representa tudo isso”.
Superou as expectativas
Para Marco Aurélio Pinheiro, presidente da Acese, a primeira edição do Almoço com Negócios de 2018, superou as expectativas dando a contribuição para o setor produtivo. “Esse é o papel da Acese em chegar para o associado, para o empreendedor, pequenos e microempresários, com soluções e sugestões, promovendo debates de alto nível. Nós já estamos planejando as próximas edições, fazendo o convite aos outros pré-candidatos à Presidência da República”.
Mauricio Gonçalves, superintendente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE), defendeu a necessidade de saber o que os presidenciáveis querem para o Brasil. “A classe empresarial deve ficar ciente das propostas dos candidatos. Quais as alianças que eles pretendem formar, afinal de contas, o que interessa ao empresário, tem que interessar ao trabalhador, ao cidadão comum”.
Enviado pela assessoria