Segundo Marcos Aurélio, é o momento de somar forças e fortalecer o partido
Por Joedson Telles
O Partido Popular Socialista em Sergipe (PPS/SE) já iniciou os trabalhos de fortalecimento da legenda visando às eleições 2016. Na última terça, dia 17, a Comissão Executiva Estadual esteve reunida para traçar o novo projeto político. “Esse é o início do nosso planejamento em busca de resultados positivos para o PPS, em sua nova fase aqui em Sergipe. E saibam todos, que tudo será discutido de forma democrática, na base do diálogo. Comigo sempre foi assim”, avisou Clóvis Silveira, o novo presidente Estadual. O secretário geral do PPS/SE, Marcos Aurélio, explicou que o objetivo principal será a eleição de vereadores na eleição de 2016. “Os vereadores eleitos em 2016, devem está identificados com o projeto do PPS e conscientes do compromisso de, em 2018, todos nós possamos apresentar ao Diretório Nacional uma votação histórica para deputado federal. Disso nós não vamos abrir mão”, assegurou Marcos Aurélio, que concedeu a entrevista que segue.
Militante histórico do PPS de Sergipe, Wellington Mangueira prometeu deixar o partido por não aceitar o comando de Clóvis Silveira. Como o partido recebeu a notícia?
O PPS é um partido democrático. Claro que a chegada de Clóvis, como de qualquer outro cidadão, deve ser comemorada – e, para nós, é motivo de orgulho receber um dirigente, que por onde passou, teve a capacidade de organizar e eleger representantes. Nós esperamos que Wellington Mangueira reveja a sua posição e permaneça no PPS, ajudando-nos a fortalecer nossas bandeiras.
Há riscos de outros militantes deixarem o partido também?
Esperamos contar com a somação de todos os filiados, que de fato desejem fortalecer o PPS.
Wellington Mangueira disse no programa do radialista Gilmar Carvalho, na Ilha FM, que há partidos sendo vendidos em Sergipe, e assegurou que obteve a informação com Clóvis Silveira, que teria dito ainda que partido hoje é comércio. Isso acontece mesmo?
O próprio Wellington Mangueira também confirmou que a conversa foi informal, e num contexto. Ambos discutiram sobre a situação de fragilidade que alguns partidos se colocam, em especial às vésperas das eleições quando figuras da política buscam tomar a legenda de um ou outro dirigente que não querem seguir seus projetos. Isso não é uma informação revelada agora, nos bastidores da política, e até mesmo publicamente, existem vários exemplos dessa situação.
Como Clóvis Silveira chegou ao PPS?
Pela porta da frente. Como todo e qualquer cidadão que deseje se filiar ao PPS. De forma clara e com tratamento decente.
Mas como isso aconteceu?
Resposta simples: devido ao abandono do partido pelos dirigentes que estavam no comando do PPS/SE, que entregaram a ata a Wellington Mangueira no mês de dezembro, e por não ter sido adotada nenhuma medida no sentido de regularizar a situação, houve uma vacância e isso não poderia ter ocorrido. Nós temos dirigentes municipais que estavam angustiados, sem saber com quem conversar sobre os rumos do Partido.
E por que Clóvis Silveira?
Clóvis já vinha conversando com alguns dirigentes, locais e nacionais. O processo foi realizado de forma tranquila. A disposição de Clóvis Silveira para organizar os dois Partidos que o mesmo já dirigiu, o PTB e o PTdoB, com seus resultados nas urnas, foi fundamental para decidirmos por sua filiação ao PPS. É isso que nós vamos conquistar, já em 2016 e 2018.
Segundo algumas fontes, Clóvis Silveira já passou por vários partidos, e não apenas dois. São dois mesmo?
Os fatos são mais fortes que as versões. Qualquer consulta ao TRE-SE irá desmontar essa balela. Conheço Clóvis desde 1996, e ele era o presidente do PTB. Depois, quando lhe tomaram o partido, ele se filiou ao PTdoB e agora chega ao PPS.
O partido está preparado para esta nova fase da política, quando os partidos pequenos precisam se reinventar?
Pronto. Aqui está o nosso desejo: o desejo daqueles que gostam do PPS: fortalecer nossas bandeiras, elegendo vereadores, serão ao menos dois em Aracaju e nos demais municípios sergipanos nós vamos manter os atuais 17 e ampliar esse número. Do mesmo modo, vamos construir a eleição de prefeitos e vice-prefeitos. Quem se identifica com o PPS, de verdade, estará somando forças conosco.
Quais os projetos do PPS para este ano?
Iremos elaborar um planejamento estratégico visando o fortalecimento dos nossos quadros de filiados. Remontaremos as diversas instâncias partidárias, como o PPS Mulher; a Fundação Astrojildo Pereira; a Juventude do PPS; o Núcleo de Coordenação Sindical; o Movimento Evangélico Popular Socialista; o Núcleo Afro-Brasileiro Socialista. Com essa reestruturação, poderemos oferecer aos sergipanos uma alternativa decente para os espaços de representatividade política.
E para as próximas eleições, em 2016?
Todo nosso trabalho, a partir de agora, será no sentido de oferecer aos dirigentes municipais as condições necessárias para o fortalecimento do PPS em todas as cidades. Daremos total assistência aos socialistas do interior e com certeza, teremos um crescimento na representatividade do nosso Partido já nas próximas eleições, o que viabilizará o projeto para as eleições de 2018.