Almeida lamenta o que define como “bruteza do sistema no jogo político pelo poder “
Por Joedson Telles
O ex-senador José Almeida Lima, que busca uma legenda para se filiar e levar à frente sua pré-candidatura a prefeito de Aracaju, avalia que a razão para o Partido Verde ter descartado o seu projeto esteja no que define como a “bruteza do sistema no jogo político pelo poder”. “A rasteira que recebi foi o preço que tive de pagar pelo projeto de governo que já tinha publicado para a Prefeitura de Aracaju, caso venha a ser eleito”, afirma.
Segundo Almeida Lima, a perspectiva de mudança, não apenas de nome, mas, sobretudo, de políticas públicas como ele propõe, deixou em polvorosa alguns poucos empresários, parte dos políticos – os mal acostumados – e os empresários travestidos de políticos que usam o poder para as suas transações rendosas.
“Essa turma do sistema poderoso e bruto tem consciência que eu executarei o projeto que esbocei, que tenho coragem e determinação para fazer, que, sem falsa modéstia, sei fazer, e que a sua execução não atenderá aos seus interesses que são contrários aos interesses do povo. Ora, ora…, que fizeram? Trataram de tornar a minha candidatura natimorta”, disse Almeida.
Provocado a comentar o juízo do presidente estadual do PV, Reinaldo Nunes, que alegou que Almeida não construiu a pré-candidatura, não levou um só pré-candidato a vereador para o partido, o ex-senador observou que já afirmou em diversas entrevistas que, caso seja eleito prefeito, executará um Plano de Governo que começará por primeiro discutir o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Aracaju, que, segundo ele, há mais de 20 anos está aí para ser votado e os prefeitos não encaminham à Câmara por subordinação ao sistema.
“Darei a Aracaju a sua aprovação com uma diretriz para a construção de uma cidade moderna, não essa que aí está cujo espaço está sendo invadido e estrangulado por incorporadoras de forma desordenada, ocupando, inclusive, espaços destinados a ruas e avenidas, em prejuízo até da mobilidade urbana”, afirma.
Almeida Lima também ratificou que rescindiria todos os contratos com as empresas que fazem a limpeza pública de Aracaju, por considerar os valores exorbitantes. “Haja visto que a limpeza, até em melhores condições do que a que é feita hoje e empregando mais trabalhadores, pode, e eu farei com apenas 40% do que é gasto hoje”, disse.
Ainda de acordo com Almeida Lima, existe a necessidade de “abrir a caixa preta” da planilha de custos que fixa a tarifa de ônibus da capital. “É caríssima, sendo a oitava mais cara entre as capitais do país, e farei isso com bons consultores, mas aberto para a OAB, para o Ministério Público, para as entidades representativas dos empregadores, dos trabalhadores e da sociedade, revendo todos o sistema de transporte, as linhas, pontos de ônibus e terminais”, disse, destacando ainda a necessidade de rescindir todos os contratos, segundo ele, abusivos e malévolos de prestação de serviços terceirizados.