Por Joedson Telles
Oportuna e correta a manifestação da deputada Maísa Mitidieri (veja aqui no Universo) convocando todas as pessoas para combater qualquer tipo de violência contra as mulheres.
A deputada, que é procuradora da Mulher da Assembleia Legislativa, demonstra sua preocupação quanto aos dados da Rede de Observatórios da Segurança, que registrou 2.423 casos de violência contra a mulher, somente no ano de 2022. 495 feminicídios.
São dados reais e alarmantes que, por si só, deveriam chamar todos nós à guerra contra a violência. Não se trata de filme, teatro ou novela. Mas de vidas ceifadas ou marcadas pela violência que bate também no rosto de todos que, sensatamente, não admitem a covardia.
Se indignar internamente – ou mesmo se posicionar contra publicamente – é pouco para o tamanho do problema.
Quem, de fato, é contra a violência que acossa milhares de mulheres se envolve. Denuncia. Cobra mais firmeza por parte dos órgãos públicos responsáveis pela prevenção do crime e da punição dos autores quando esta prevenção falha.
O argumento patético de que “não é possível disponibilizar um policial, no mínimo, para cada mulher em xeque” somente é usado por pessoas sem o mínimo de discernimento da realidade. Não se trata disso.
A prevenção não repousa apenas na presença física da polícia. Mas ganha cores em leis mais duras, por exemplo. Existe na informação processada na mente do “valentão” de que ele será preso, se agredir ou, principalmente, se matar uma mulher.
Creio não ser preciso aprovar pena de morte. A vida pertence a Deus – inclusive as vidas dos marginais. Qualquer um que se aventure a matar estará pecando. Como cristão, opto por respeitar o mandamento.
Todavia, passa da hora de fazermos a devida reflexão da necessidade de termos uma lei que assegure a prisão perpétua (uma nova Constituição) como pena para autores do feminicídio – entre outros crimes.
Dez, vinte ou trinta anos de reclusão não resolvem o problema. Não faltam provas. Permanecer preso enquanto tiver vida é, evidente, uma pena dura. Insensível. Mas o criminoso ainda estará vivo. Inclusive pode sonhar em fugir. Já sua vítima…