“A nossa defesa desqualifica qualquer acusação contra mim”. O entendimento é do deputado federal Adelson Barreto (PTB), ao apresentar documentos que comprovam que não houve, da sua parte, qualquer ilegalidade na liberação de verbas de subvenção a instituições filantrópicas.
O parlamentar se refere ao depoimento prestado ao Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), na semana passada, quando apresentou documentos que comprovam que os R$ 300 mil destinados, por ele, à Lira Musical Nossa Senhora da Purificação, eram compatíveis com o plano de aplicação encaminhado pelos dirigentes da instituição a Assembleia Legislativa de Sergipe à época em que solicitou ajuda financeira para reformar e ampliar a sede da entidade.
Adelson contou que as instituições não devem receber recursos sem que antes apresente o plano de aplicação. No caso de Lira, explicou o parlamentar, houve a apresentação do plano, assinado pelo presidente da entidade e informando para que seria destinado o dinheiro. Em seguida, de acordo com ele, o setor de Controle Interno da Casa Legislativa, chamou o presidente para assinar um termo de declaração, em que ele assegura, às vésperas de receber a verba, que só poderá fazer uso do dinheiro para concretizar aquilo que foi estabelecido no plano.
O deputado Adelson Barreto chamou a atenção para o fato de o nome do vereador José Arimatéia – que lhe acusou de desviar os recursos – não constar na lista de dirigentes da entidade. “Responde pela instituição, o presidente e/ou tesoureiro ou a empresa contratada, neste caso, a Lira. Estranhamos, sobretudo, porque as imagens mostraram o vereador indo ao banco para fazer a retirada do dinheiro. A princípio havia dito que entrou para fazer um favor para um integrante da instituição e ficamos pasmados ao percebermos que ele (Arimatéia) entrou no banco com a sua secretária particular para fazer a retirada do dinheiro”, contou o deputado.
Ele ressaltou, ainda, que o vereador disse, em depoimento à Justiça, que ficou com R$ 30 mil e depois com mais R$ 30 mil, totalizando R$ 60 mil. “Quem pode assegurar que foi só esse valor? A situação foi se complicando para o vereador porque as provas foram evidentes. Quando se viu em maus lençóis, para se livrar da enrascada em que se metera, decidiu imputar a outrem aquilo que ele havia praticado”, afirmou, adiantando estar confiante que tudo será esclarecido, “pois nunca fiquei com recursos de subvenção ou qualquer verba pública. As pessoas sabem que é Adelson Barreto”.