Por Joedson Telles
O Partido dos Trabalhadores, em Sergipe, se prepara para anunciar o nome que disputará a Prefeitura de Aracaju. A escolha não é tarefa fácil. Se fosse não seria o PT. Quem conhece, minimamente, o partido sabe que tudo é discutido – às vezes a exaustão – e consenso é um vocábulo não tão comum como em outras legendas.
Como se isso não bastasse, os principais nomes do partido atualmente – o ministro Márcio Macedo, o senador Rogério Carvalho e o deputado federal João Daniel – não têm, por motivos óbvios, interesse em disputar a eleição. Limitam-se à ideia de indicar um pré-candidato ou uma pré-candidata. Pensam nas eleições de 2026.
Pelos motivos que a maioria sabe muito bem, Márcio, Rogério e João não estão errados, ao se preservarem.
No entanto, assim como demonstram outros partidos, inclusive o PDT do prefeito Edvaldo Nogueira, eleger o próximo prefeito da capital, em 2024, terá peso nas pretensões futuras. Ou seja, o desafio do PT está em se permitir ao luxo de não disputar a eleição da maior prefeitura de Sergipe com um dos seus principais quadros, mas ter candidato (a) com chances reais de vitória.
Indago ao internauta, não sem antes importunar meus botões: o PT tem este nome competitivo, que possa fazer frente à pré-candidatura, por exemplo, de Luiz Roberto, que tem o apoio não apenas de Edvaldo, mas também do governador Fábio Mitidieri?
Teria o nome petista poder de fogo contra as pré-candidaturas de Emília Corrêa e Yandra Moura? E contra os pré-candidatos Fabiano Oliveira e a Delegada Katarina?
Evidente que sequer existem candidaturas, neste momento, e que o eleitor já provou, em outras eleições, que pode desmoralizar a lógica.
Todavia, seria inteligente por parte do PT apostar nesta hipótese? Correr o risco de obter uma votação pífia e desembarcar em 2026 enfraquecido, mesmo tendo nomes fortes para a disputa de 2024?
P.S. O Flamengo participou de uma disputa por pênalti, outro dia… Estrela do time, Gabigol optou por se preservar. Permitiu-se ser o último da lista. Sonhou, certamente, em bater a penalidade decisiva, fazer o gol e correr para a torcida. O adversário, entretanto, venceu o Flamengo antes da última cobrança, e Gabigol até hoje espera… O processo de escolha do PT lembrou-me este fato.