Por Joedson Telles
Vi que uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha assegura que 60% dos brasileiros são favoráveis ao chamado lockdown como medida contra a pandemia provocada pelo novo coronavírus. Em se tratando particularmente dos nordestinos, o número de simpatizantes com a ideia de se impor uma quarentena mais radical salta para 69%.
Sei não… Quase 70% dos nordestinos são favoráveis a passar o cadeado e tentar acabar logo com este pé no saco de vírus? Pelo menos em Sergipe, não atestamos coerência nestes dados.
O que tem de gente nas ruas – a pé, de carro, moto, ônibus, carroça – tirando onda… O que há de festinhas… Passeios com cachorros… Só não vele trabalhar no comércio. Aliás, seria um serviço prestado à população, se houvesse uma pesquisa nas ruas para saber o motivo de a pessoa não estar em casa, e, mediante uma resposta banal, a polícia agir.
Já disse e repito: não adianta sacrificar o comércio, se não se adota medidas enérgicas para manter em casa irresponsáveis que estão nas ruas jogando a favor do vírus. Nocivos.
Está óbvio que os números da pesquisa Datafolha ratificam a cara lisa de uma faixa considerável da população, que se diz a favor do isolamento, mas, na prática, não consegue ficar em casa, dando o bom exemplo.
Cínicos e inconsequentes, indivíduos que agem desta forma me lembram aquelas pessoas que vivem nas redes sociais criticando os políticos, chamando-os de ladrões, mas, de alguma forma, meteram (metem ainda?) a mão no dinheiro público. Corruptos.
Se por um lado, os corruptos sugam recursos que fazem falta ao coletivo, inclusive para evitar mortes, por outro, os nocivos transmitem o vírus, sendo responsáveis, óbvio, indiretamente por vários óbitos por covid-19. Ou seja, corruptos e nocivos são uma espécie de gêmeos siameses quando o assunto é jogar contra a vida. Nem precisamos de pesquisa para saber disso.