Por Joedson Telles
“… Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me. E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades. Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus (Mateus 19:21-23).
Um tesouro. Ainda por cima no céu. Quem, em perfeita consciência, rejeitaria um tesouro no céu? Mas o jovem rico, que simbolicamente representa muitos de nós, nos dias atuais, “retirou-se triste”, mediante as palavras do Senhor Jesus.
Ao lermos o versículo 16, atestamos que o próprio jovem foi quem se aproximou de Jesus e indagou o que teria que fazer para conseguir a vida eterna. Obteve a resposta sincera, mas não estava pronto para ouvir.
Não é diferente, portanto, de muitas pessoas que, hoje, procuram Deus em uma igreja, por estarem passando por algum problema, mas ficam frustradas quando o pregador, ungido pelo Espírito Santo, só solta verbos contidos na palavra de Deus. Assim como Jesus, não diz, necessariamente, o que todas as pessoas querem ouvir, mas o que precisam ouvir.
A Bíblia não é – e não poderia ser – um livro apenas de promessas. De anúncio de bênçãos para todos nós aqui na terra sem quaisquer critérios. Deus é justo. A Bíblia tem várias promessas; não se discute. Mas cobra um comportamento definido pelo próprio Deus para que tenhamos direito às bênçãos. É como se fosse um contrato.
Deus, que sabe todas as coisas, e cujos planos jamais serão frustrados, não abre mão do sacrifício. Faz parte do seu projeto espiritual e ponto final. É tanto que é só pegarmos as histórias da Bíblia, a começar pela de Jesus Cristo, para confirmar que as vitórias chegam aos de Deus, mas o sacrifício pela fé é parte indispensável, inegociável do processo.
O cristão verdadeiro está preparado para levar sua cruz, assim como Jesus levou a dele, e, ao final, obter a vitória assim como Jesus obteve – e vive em glória ao lado de Deus. O cristão, aliás, não dá ouvidos ao pregador que ofusca as cobranças bíblicas, e enfatiza só bênçãos. Antes, opta por seguir a palavra de Deus na sua integralidade pela fé.
Deus no comando.