Por Joedson Telles
“Então o Senhor continuou: — Certamente vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus feitores. Conheço o sofrimento do meu povo. Por isso desci a fim de livrá-lo das mãos dos egípcios e para fazê-lo sair daquela terra e levá-lo para uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel; o lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do heveu e do jebuseu” – Êxodo 3; 7,8 (NAA).
É comum, na virada de ano, na passagem do ano ou réveillon, tanto faz, o mundo secular, confiando em suas forças, fazer planos, sonhando com o sucesso, no ano que desembarca.
Há quem acredite que a cor da primeira roupa usada nos primeiros minutos do primeiro dia do ano, no mínimo, ajuda. Conquistas estão sempre na mira. Problemas “serão resolvidos”. Os verbos replicados do livro de Êxodo, no entanto, parecem jogar água gelada nos que assim procedem.
O mundo tem um comandante (Tiago 4: 13-15); e o plano Dele – e não os projetos dos homens – se cumprirá. Salvo exista uma coincidência nos objetivos, prevalece sempre o plano de Deus e a frustração humana.
Ao fitarmos Êxodo 3, logo no início, lemos que Deus viu a aflição do seu povo e escutou o clamor. Ou seja, Deus não apenas tem um povo (Israel, a sua igreja, a noiva de Cristo Jesus) como também está atento a este e ouve as suas orações.
Deus é o bom pastor; nunca está alheio ao clamor, em meio ao sofrimento, de uma de suas ovelhas. Agora, Deus sempre age dentro do seu plano; é fiel ao seu tempo. Não há passagem de ano ou cor de vestimenta que altere a vontade do Criador ou adiante ou atrase o seu relógio.
Deus diz ainda, em Êxodo 3, “desci a fim de livrá-lo das mãos dos egípcios e para fazê-lo sair daquela terra e levá-lo para uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel”. Em outras palavras, Deus, e somente Deus, tem o poder de transformar vidas. Salvar, libertar, curar, fazer prosperar, garantir a paz… Tudo para a Sua glória, e em qualquer dia do ano. Deus não muda.
Deus ratifica, por fim, a sua soberania, no final do versículo 8, ao mencionar “o lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do heveu e do jebuseu”.
Dito de outra forma: as terras em foco, a exemplo de tudo no mundo, inclusive as pessoas, pertencem ao Criador. Deus não tomou a propriedade alheia para presentear Israel, mas promoveu, digamos, “uma ação de despejo”, para que as terras fossem habitadas de acordo com Sua vontade, que, como o livro de Josué mostra, é soberana. Não aconteceu conforme os planos “de virada de ano” do povo heteu, amorreu, ferezeu… Tampouco o faraó do Egito planejou, “em seu réveillon,” o desfecho com a liberdade dos hebreus pelo braço forte de Deus.