Por Joedson Telles
“… então, dirá o Rei (Jesus Cristo) aos que estiverem à sua direita: ‘vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me'” – Mateus 25:34-36 (ARA).
O próprio Senhor Jesus, quando voltar a este mundo, julgará todos nós. Pelas suas palavras escatológicas, este julgamento estará atrelado ao que cada pessoa fez ou deixou de fazer a favor ou contra às demais pessoas; sobretudo às mais necessitadas. Será a régua teológica usada para medir a fé Nele.
Antes de prometer o reino de Deus aos salvos, em Mateus 25, Jesus já sinalizava, em Mateus 22: 37-39, para a necessidade do exercício do amor. Quando indagado sobre qual seria o grande mandamento, ele deixou claro que é amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento, e o segundo, “semelhante a este”, é amar o próximo.
Também fez uma importantíssima advertência em Mateus 5: 20: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”.
O juízo é reforçado de forma negativa em Mateus 25:41-43. “Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: ‘apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me'”.
É óbvio que Jesus não quis dizer com isso que a salvação depende de a pessoa praticar boas obras. As Escrituras não deixam dúvidas: somos salvos somente pela fé na obra de Cristo na cruz, na sua morte e ressureição. Não obras do homem.
A caridade, por exemplo, é uma ação esperada de todo cristão, mas, isolada, sem a fé em Jesus Cristo como senhor e salvador, não tem valor. Pode servir ao ego do praticante, mas não agrada a Deus. “Somos como o impuro — todos nós. Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo” (Isaías 64:6). Precisamos do purificador, Jesus Cristo.
Entretanto, acompanhada da fé em Cristo Jesus, a prática das boas obras é um sinal da graça salvífica na vida do crente. Todo aquele que é salvo – justificado pelo sangue de Cristo – é regenerado para as boas obras como forma de gratidão, no processo de santificação – obra do Espírito Santo.
“… pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3: 23;24). “… somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:10).
Resumindo: fé em Jesus, em primeiro lugar, e praticar, em seguida, as boas obras. Jamais priorizar as boas obras sem antes ter fé em Jesus como o único que pode assegurar a salvação, no dia do grande julgamento.
“Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus” (João 3:18).