Por Joedson Telles
“Os reis da terra se levantam, e as autoridades conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo: ‘Vamos romper os seus laços e sacudir de nós as suas algemas.’ Aquele que habita nos céus dá risada; o Senhor zomba deles” – Salmos 2: 2-4 (NAA).
Os chamados Estados Vassalos – os reis subordinados aos reis levantados por Deus para governar Israel – queriam a liberdade e, assim, tramavam rebeliões. Mas o profeta Samuel, ao ungir tanto Saul quanto Davi, não o fez à revelia: Deus determinou, mantendo a aliança feita com o seu povo.
A rebelião, portanto, não era somente contra os reis israelitas, mas contra o próprio Deus, que na sua soberana vontade zomba dos frágeis adversários e assegura o reinado davídico, cuja prosperidade tem seu ponto alto na ressureição do rei dos reis: Jesus Cristo, que também enfrentou rebelião, e foi morto; e morte de cruz. A ressureição de Jesus, portanto, ratifica a soberania de Deus. Explica a sua rizada mencionada em Salmos 2: 4.
Deus sempre foi, é e sempre será soberano, independente das circunstâncias. Ele, e somente Ele, tem o domínio sobre o céu e a terra, como confirmam as Escrituras, por exemplo, na conhecida oração feita pelo rei Josafá.
“Josafá pôs-se em pé, na congregação de Judá e de Jerusalém, na Casa do Senhor, diante do pátio novo e disse: ‘Ó Senhor, Deus de nossos pais, não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos dos povos? Na tua mão está a força e o poder, e não há quem te possa resistir'” (2 Crônicas 20: 5-6).
O teólogo holandês, calvinista, Louis Berkhof (1873-1957), lembrando que a soberania de Deus recebe forte ênfase nas Escrituras, escreveu que ele é apresentado como o criador e a sua vontade como a causa de todas as coisas. “Em virtude de sua obra criadora, o céu, a terra e tudo que neles contêm lhe pertencem. Ele está revestido de autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra”, registrou.
Ainda que se juntem todos os governos e nações em oposição, Deus é infinitamente maior, independente e faz tudo pelo conselho da sua própria vontade e onipotência. “Desde o princípio anuncio {eu, Deus} o que há de acontecer e desde a antiguidade revelo as coisas que ainda não sucederam. Eu digo: o meu conselho permanecerá em pé, e farei toda a minha vontade” (Isaías 46: 10, ênfase acrescentada). Mesmo satanás tem o seu agir limitado por Deus. (Jó 1: 12).
Ao contrário dos que não temem a Deus, o verdadeiro cristão, o piedoso, descansa tranquilo na soberania daquele que tudo comanda e tudo faz como lhe apraz. Mesmo quando está no deserto, enfrentando tentações e provações inerentes à vida, o povo de Deus tem paz. Não perde a fé, pois confia que Deus está no comando, e tem pronto um final feliz.
“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2: 9). Amém.