Por Joedson Telles
“… preparem o caminho do Senhor” – Isaías 40: 3 (NAA).
Em mais uma prova da coerência das Escrituras, as palavras do livro de Isaías que abrem este texto são ecoadas no evangelho de Lucas, capítulo 3, versículos 3,4,5 e 6, mostrando a ação de João Batista, na missão de pregar o arrependimento, estendendo o tapete para o Senhor Jesus Cristo iniciar sua obra salvífica.
“Ele (João Batista) percorreu toda a região nas imediações do rio Jordão, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados, conforme está escrito no livro das palavras do profeta Isaías:
‘Voz do que clama no deserto:
Preparem o caminho do Senhor,
endireitem as suas veredas.
Todos os vales serão aterrados,
e todos os montes e colinas
serão nivelados;
os caminhos tortuosos
serão retificados,
e as estradas irregulares
serão aplanadas;
e toda a humanidade verá
a salvação que vem de Deus'”.
Os teólogos registram que, assim, Deus quebrou o silêncio, depois de 400 anos – período intertestamentário (espaço de tempo entre o Antigo e o Novo Testamento). Deus voltou a falar através de um profeta.
João Batista chegou a ser confundido com o esperado Messias, mas tratou logo de não alimentar o equívoco, explicando que batizava com água, mas Jesus batizaria com o Espírito Santo e com fogo. “… aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desamarrar as correias das suas sandálias” (v.16).
Na verdade, não existiu, não existe e nunca existirá um mortal digno de desamarrar as correias das sandálias de Cristo. Ninguém tem mérito para isso. Somos pecadores e Ele santo.
Entretanto, assim como João Batista, podemos – e devemos – viver e preparar o caminho para a obra de conversão feita pelo Espírito Santo enviado por Jesus.
O crente não deve deixar essa responsabilidade apenas para pastores e/ou teólogos. Todo aquele que é salvo também precisa propagar Jesus – com seu estilo de vida íntegra e com seus verbos. Evangelizar sempre.
O crente não pode ser tímido, acomodado. Precisa falar do amor de Deus, da condição de pecador do homem, da urgência do arrependimento e seus frutos, da salvação somente em Cristo, da necessidade de viver a obra de santificação feita pelo Espírito Santo, da imprescindível leitura constante das Escrituras e da meditação na Palavra de Deus, do jejum, da inegociável vida de oração, que não deve ser mera repetição, mas um diálogo de fé – amoroso, sincero e respeitoso com Deus, sempre em nome de Jesus Cristo.
Há muita gente, muita gente mesmo, que precisa conhecer Jesus Cristo de verdade. Pessoas que estão afastadas de Deus, mas não sabem ou não admitem isso. Não buscam ter comunhão com Deus, tendo as Escrituras como regra de vida; como Ele determinou. Vivem pelo próprio juízo ou de outro pecador.
“Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10;14).
O crente, por amor ao próximo, precisa tocar nesta ferida. Tirar pecadores da ilusória zona de conforto, e, assim como João Batista, chamá-los ao arrependimento, preparando o caminho do Senhor, pois o cristão sabe o destino terrível daqueles que morrem sem antes serem justificados mediante a fé em Cristo Jesus – o filho de Deus.