Por Joedson Telles
“… para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” – Filipenses 1:21 (NAA).
Marcado pelo sofrimento oriundo de perseguições por pregar o evangelho de Cristo, o apóstolo Paulo estava preso em Roma, quando escreveu Filipenses. Esperava o julgamento e não descartava a morte.
Paulo sabia que poderia ser morto a qualquer momento, mas isso não o fez recuar da missão de viver para Cristo; pregar a salvação em Cristo. Era o seu oxigênio.
“… as coisas que me aconteceram têm até contribuído para o progresso do evangelho, de maneira que toda a guarda pretoriana e todos os demais sabem que estou preso por causa de Cristo. E os irmãos, em sua maioria, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar a palavra com mais coragem” (Filipenses 1: 12-14).
Como todo aquele que está em Cristo, Paulo negou a si mesmo, abriu mão da própria vida, da luta por bens materiais, poder, vaidade, lazer… para viver propagando a fé. Descartando o visível e apostando no invisível.
Imitar os passos de Cristo e ensinar outros a fazerem o mesmo, ainda que a um preço altíssimo, foi a sua vida, desde que foi convocado pelo próprio Jesus para a obra de Deus.
“Acima de tudo, vivam de modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo até aí para vê-los ou estando ausente, eu ouça a respeito de vocês que estão firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé do evangelho” (Filipenses 1:27).
Paulo não temia a morte, pois tinha a certeza da salvação eterna. Sabia que morrer seria a única maneira de estar mais perto de Deus; na presença de Jesus Cristo; ser mais cheio do Espírito Santo.
O lucro mencionado pelo apóstolo, na morte, não estava apenas no fim eterno do sofrimento que essa vida, inevitavelmente, impõe, sobretudo quando se trata de um discípulo de Jesus. O contato direto em adoração à Santíssima Trindade é a coroa de todo crente.
Somente aquele que como Paulo vive em Cristo já aqui na terra, contudo, terá o privilégio do céu. Aquele que desapega deste mundo – das ilusões que este oferece – para iniciar o Reino de Deus, agora, mesmo antes de morrer e ressuscitar na glória eterna de Deus.
Afinal, fomos criados para viver em adoração junto do Pai. Glorificando-o. Somos peregrinos neste mundo de pecado e devaneio. Temos aqui dois únicos sentidos: voltarmos a ter comunhão com Deus mediante Jesus, e, movidos pelo Espírito Santo, alertar o próximo desta urgente necessidade. Ao observarmos estes dois preciosos pontos, o nosso viver é Cristo e, posteriormente, estaremos em Sua presença no lucro de morrer.