Por Joedson Telles
“Jesus foi com eles. Já estava perto da casa quando o centurião mandou amigos dizerem a Jesus: ‘Senhor, não te incomodes, pois não mereço receber-te debaixo do meu teto. Por isso, nem me considerei digno de ir ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e o meu servo será curado'” – Lucas 7: 6-7 (NVI).
Além de assegurar a maior graça de todas – a salvação eterna -, Jesus fez e faz grandes obras também no terreno da materialidade. Operou e opera milagres. Ressurreto, está sentado à direita do Deus Pai, intercedendo por todo aquele que Nele deposita sua confiança. Tudo para a glória de Deus.
Antes de chegarmos aos versículos 6 e 7 do capítulo 7 do evangelho de Lucas, lemos, nos versículos 2,3 e 4, que um servo de um centurião (oficial militar romano, comandante de uma tropa de 100 homens) estava doente, “esperando a morte”. A medicina havia jogado a toalha. Tendo ciência das curas oriundas de Jesus, entretanto, o centurião, que muito estimava o servo, apostou tudo no filho de Deus. Humildade é fé moveram este homem.
Note, no versículo 3, que, ao decidir apresentar o problema a Jesus, o centurião não se achou digno e o fez através de terceiros. “Ele ouviu falar de Jesus e enviou-lhe alguns líderes religiosos dos judeus, pedindo-lhe que fosse curar o seu servo”. O teólogo americano James R. Edwards afirma que o centurião “envia presbíteros respeitados da comunidade judaica local para suplicar a Jesus em nome dele”.
Paulo registra ser o maior entre os pecadores (1 Timóteo 1:15). Todo crente quanto mais perto está de Deus mais discernimento tem do pecador que é – e que tudo de bom que acontece em sua vida é pela graça de Deus – favor imerecido. Somos pó e ao pó voltaremos (Gênesis 3:19). Nossas melhores obras são como trapos de imundices (Isaías 64:6). Precisamos, inquestionavelmente, do salvador Cristo Jesus.
O centurião parecia ter noção exata dessa realidade, ao apelar evitando o contato direto com Jesus. Não se achou digno também de recebê-lo em sua casa. Mas precisava interceder pelo servo enfermo, e o fez pela fé, apostando que apenas uma palavra de Jesus é o suficiente para curar qualquer enfermidade (ou realizar quaisquer feitos). O centurião argumenta que é militar e há homens que obedecem suas ordens.
“Ao ouvir isso, Jesus admirou-se dele e, voltando-se para a multidão que o seguia, disse: ‘Eu lhes digo que nem em Israel encontrei tamanha fé'” (Lucas 7:9). E, mais uma vez, a fé em Jesus resolveu o problema. “Então, os homens que haviam sido enviados voltaram para casa e encontraram o servo restabelecido” (7:10). Humildade e fé. Quebrantamento; e mais um testemunho robusto da autoridade de Jesus sobre o mal.