Por Joedson Telles
O prefeito Edvaldo Nogueira e o governador Fábio Mitidieri, após muitas noites do bom e relaxante forró, precisam, agora, focar as eleições, sem, evidentemente, prejudicar suas gestões. Agir com mais habilidade para fortalecer a pré-candidatura de Luiz Roberto, abraçada por ambos, soa o único caminho que pode evitar um possível desfecho não esperado por eles.
Está claro que, se não houver um diálogo de forma a persuadir o bloco da urgente necessidade de unificação em torno do nome escolhido pelos dois gestores, a tendência é que não haja recuo por parte da concorrência interna – ainda que a divisão se mostre uma tática suicida espelhada nas pesquisas que apontam a liderança folgada da pré-candidata da oposição, Emília Corrêa.
Assim como este mesmo bloco já fez em outros pleitos, uma reunião envolvendo os líderes dos partidos que formam a aliança se faz necessária, para se buscar a imprescindível coesão.
Apesar de algumas pré-candidaturas governistas parecerem irreversíveis, não existe nada na política que o diálogo não resolva. Se não 100%, mas a maioria pode marchar unida. Agora, evidentemente, isso passa diretamente pela habilidade de articulação tanto de Edvaldo quanto de Fábio.
Óbvio que a ideia defendida por alguns do agrupamento – dividir no primeiro turno e unificar no segundo – não pode ser descartada. Todavia, vale lembrar aquele lugar comum: “combinar com os russos”; o que significa a oposição não levar no primeiro turno, e ainda o pré-candidato do prefeito e do governador chegar ao segundo. Ambas situações totalmente imprevisíveis, sobretudo neste momento.