Por Joedson Telles
“… se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” – 2 Coríntios 5;17 (NAA).
Chamo de suicídio teológico (que leva à condenação eterna) o fato de a pessoa acreditar que tem Jesus Cristo em sua vida, mas não viver de acordo com a sua vontade manifesta nas Escrituras.
Devemos respeitar a lei de Deus com temor. Não há o “jeitinho brasileiro”: viver o senhorio de Cristo Jesus e, ao mesmo tempo, velar as coisas mundanas – reprovadas pelo salvador. Não existe amparo bíblico para este tipo de teologia barata.
“Jesus respondeu {ao fariseu Nicodemos}: — Em verdade, em verdade lhe digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus” (João 3:3 ênfase acrescentada). E reforça: “… em verdade, em verdade lhe digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (João 3:5).
Apesar da clareza com a qual Jesus expõe a verdade, enfatizando a necessidade de haver regeneração, em alguns casos, é mais fácil tirar as vendas dos olhos de um ateu do que corrigir uma pessoa que conhece a palavra de Deus, mas não aplica integralmente na própria vida; segue o próprio entendimento ou/e os ensinamentos nocivos à alma de um líder espiritual não comprometido com a Bíblia, mas com “vantagens” que este mundo ilusório oferece.
O teólogo inglês John Charles Ryle (1816-1900) não exagerou quando escreveu que “a fé que não envolve uma influência santificadora sobre o caráter da pessoa não é melhor que a fé dos demônios. Antes, é uma fé morta, por estar sozinha. Não é o dom de Deus. Não é a fé dos eleitos de Deus”.
É sempre oportuno lembrar que as boas obras não salvam, mas são, necessariamente, postas em prática pelos salvos pela fé em Cristo Jesus. O sentimento de gratidão ao salvador resulta em uma vida santa – no sentido de separação do mundo.
É preciso nascer outra vez, como exorta Jesus. Arrepender-se. Abandonar o pecado. Expurgar todas as obras da carne que afrontam a Lei de Deus. “… imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões, facções, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus” (Gálatas 5 19:21).
Uma única obra da carne já é o suficiente para afastar a pessoa de Deus. Como, então, acreditar que se está em Cristo, se é nova criatura e as coisas antigas já passaram”, se um pé está na religiosidade e o outro nas coisas mundanas?