Por Joedson Telles
“Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós em todas as minhas orações, suplicando que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de visitar-vos” – Romanos 1: 9, 10 (ARA).
O apóstolo Paulo não fundou a Igreja de Roma. Tampouco era um dos seus líderes. Entretanto, o seu coração de cristão, o seu amor ao próximo e, sobretudo, o seu entendimento sobre a necessidade de seguir os passos de Cristo Jesus alimentavam dentro dele o sentimento de orar pelos irmãos. O zelo.
Paulo deixa claro que o seu desejo era, pessoalmente, trocar experiências cristãs com os crentes da igreja romana. Levar doutrinas aos irmãos (Romanos 1: 11,12). Enquanto isso não era possível, entretanto, o apóstolo orava. Orava incessantemente. Não se permitiu ser vencido pela questão geográfica. Permaneceu ao lado da igreja espiritualmente falando. Um intercessor.
O pastor presbiteriano e teólogo Hernandes Dias Lopes define teologicamente intercessor como “alguém que se levanta diante do trono de Deus em favor de alguém”. Ele também alerta com razão: “o mundo precisa desesperadamente de intercessores”.
Não soa comum intervir em favor da causa alheia, num mundo caído. Há muita gente que sequer ora em favor próprio; imagine dedicar alguns minutos do seu “precioso” tempo a orar pelo próximo?
Mas foi justamente o que Paulo fez; o que Moisés fez (Êxodo 34: 8,9); o que Neemias fez (Neemias 1: 4-6)… o que Jesus exemplificou, até no momento da crucificação em favor dos seus assassinos (Lucas 23;34). E se Jesus agiu assim, em se tratando dos seus algozes, óbvio que a sua vontade é que todos nós oremos uns pelos outros. (Mateus 22:39).
Assim como ler as Escrituras é ter o privilégio de escutar Deus falando conosco, orar é falar com Deus. É provar, na prática, ter fé que ele é soberano, está no comando de todas as coisas e não apenas escuta a oração do justo como também responde, dentro dos seus perfeitos propósitos.
Não podemos abrir mão da oração. Nem sempre será possível, assim como Paulo, estarmos presentes fisicamente. Mas temos plenas condições – e a obrigação cristã – de orar pelo próximo. Orar sempre. Orar incessantemente. Orar pela família, amigos, desconhecidos e até por quem destila o veneno do mal.