Por Joedson Telles
“Mas eu [Jesus] lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra” – Mateus 5: 39 (NVI).
No sermão do monte, os verbos de Jesus jorraram em busca de corações quebrantados prontos para a mensagem do salvador. Um verdadeiro manual para a vida em santidade exigida por Deus (1 Pedro 1:16).
Mateus 5: 39 convida a uma reação de amor fora da realidade de um mundo caído. A indagação mais provável seria: “Vou levar um soco no rosto e ainda oferecer o outro lado para um novo soco?” Não falta, contudo, quem prefira revidar sem indagar. A vingança é recorrente. Misericórdia soa exceção.
Entretanto, qualquer reação fora de sintonia com o que Jesus ensinou não é um ato cristão. É não aceitar que todos nós falhamos. Não somos perfeitos; ferimos de alguma forma uns aos outros – e a Bíblia ensina não pagar o mal com o mal.
“Tenham cuidado para que ninguém retribua o mal com o mal, mas sejam sempre bondosos uns para com os outros e para com todos” (1 Tessalonicenses 5:15).
O coração de Mateus 5: 39 é o perdão. É fácil sorrir para quem nos dá chocolate. Mas o teste é reagir com flores às pedradas recebidas. Perdoar é a única saída para o ofendido deixar a prisão (espiritual e sentimental) que a vingança sempre o coloca.
Para o homem natural é difícil compreender isso. Este não encontra razoabilidade. Todavia, aqueles que têm o Espírito Santo, os verdadeiramente convertidos, experimentam a graça de Deus – e conseguem reagir com o bem ao mal recebido. Jesus fez isso com os seus algozes, durante a sofrida, mas gloriosa crucificação. “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34).
Aliás, a própria crucificação de Jesus foi vicária. Cristo Jesus não pecou, não peca e não pecará. Ele morreu e ressuscitou para que os pecados dos eleitos fossem perdoados por Deus. Para salvar o seu povo; o mesmo povo que entende a necessidade do perdão e o coloca em prática, independente das circunstâncias.
