Por Joedson Telles
“É preciso fazer com que se calem, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, com a intenção vergonhosa de ganhar dinheiro” – Tito 1: 11 (NAA).
O apóstolo Paulo escreveu a carta a Tito com o objetivo de orientá-lo sobre como tocar a igreja, em Creta, refutando falsos mestres e falsas doutrinas. Uma defesa da pregação da Palavra de Deus em sua essência.
Hoje, há uma necessidade parecida e urgente de se combater, com as Escrituras, pregações e pregadores, que alimentam uma teologia não bíblica. A mensagem equivocada do púlpito se estende à televisão, ao rádio e, sobretudo, à internet – com destaque para as redes sociais.
Há líderes espirituais cujas mensagens objetivam muito mais alimentar no fiel a “certeza” de obter algum ganho material do que combater o maior problema da humanidade: o pecado.
O maior problema não é a falta de dinheiro, o desemprego, uma doença, um casamento problemático e nem mesmo a fome: o maior problema é o pecado, já que afasta a pessoa de Deus e a condena ao inferno. Ou seja, mais importante que “prosperar” é estar consciente da urgente necessidade do arrependimento e do salvador, Cristo Jesus.
Deve-se buscar as bênçãos materiais? Claro. A Bíblia ensina a pedir. O que não é bíblico é colocar as necessidades materiais no lugar de Deus. Igreja não pode ser palco de barganha, mas da pregação fidedigna das Escrituras.
“Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu Reino, peço a você com insistência que pregue a palavra, insista, quer seja oportuno, quer não, corrija, repreenda, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, se rodearão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 1; 1-3).
A igreja precisa ser, em primeiro lugar, um local de culto de louvor e adoração a Deus. De reconhecimento da Sua glória (Romanos 11:36). Um ambiente para demonstrar gratidão a Cristo Jesus por sua obra redentora na cruz e ao Espírito Santo por trazer a fé do Deus Pai para o cristão e trabalhar a sua santificação.
O cristão verdadeiro observa estas coisas, colocando-as em prática com gozo. O prazer é agradar a Deus, de acordo com a Sua palavra. A súplica tem pouca ênfase, e nunca “compete” com a comunhão com Deus. Alias, o cristão imita Cristo também na hora de pedir, deixando claro que “seja feita a Sua vontade”.