Por Joedson Telles
Apesar da distância e da quase diligência dos atores envolvidos no processo, no sentido de driblarem jornalistas, mantendo em sigilo verdadeiras intenções, a eleição para a Prefeitura de Aracaju, em 2024, está desenhada. Creio que, dificilmente, teremos uma candidatura surpresa que venha desequilibrar o pleito.
É pouco provável que um nome que, até o momento, não foi especulado – na imprensa ou mesmo nas redes sociais – apareça “do nada” e vença a eleição. Como já foi observado em outros setores da mídia, o desenho mostra ainda que, certamente, teremos mais mulheres do que homens na disputa.
Chama a atenção, no entanto, que, pelo esboço, poderemos não ter um grande líder político na disputa direta. Dos nomes ventilados como possíveis pré-candidatos, somente o ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, que parece distante da capital, em assumindo uma pré-candidatura, não teria um líder maior que ele no palanque, no atual cenário.
Seria ou será, portanto, bem mais uma disputa indireta entre líderes pelo comando da Prefeitura de Aracaju. “Mais que candidato A x candidato B”, sem desmerecer nenhum dos pré-candidatos, a coisa parece caminhar para uma suposta disputa entre Edvaldo e Fábio Mitidieri x o PT de Rogério Carvalho e Márcio Macedo, por exemplo.
Do mesmo modo, o ex-deputado federal André Moura, ao que tudo indica, também pretende estar na disputa desta forma indireta.
Alguém aí do outro lado da tela tem a mínima dúvida que a deputada federal Katarina Feitosa e o vereador Nitinho – ambos PSD – sonham com o apoio de Fábio Mitidieri às suas pré-candidaturas? E que o vereador Fabiano Oliveira transita por caminho parecido, e, assim, o senador Laércio Oliveira teria também a opção de ter um pré-candidato “para chamar de seu”?
Teríamos (teremos?), portanto, uma eleição bem diferente de outras, quando disputaram os votos dos aracajuanos diretamente, por exemplo, o saudoso Marcelo Déda, o senador Valadares e Almeida Lima. Sublinho também o pleito que colocou cara a cara Edvaldo x o saudoso João Alves. Todos estes políticos tiveram, obviamente, apoios. Entretanto, foram as principais estrelas em seus palanques.
O eleitor conservador pode não gostar muito deste perfil. Aquele, no entanto, que cobra renovação, terá um quadro ideal à sua disposição. Já os líderes políticos, usarão, evidentemente, 2024 para fortalecer seus projetos para 2026.