“Não tem desvio do dinheiro do Sintese para a campanha de Ana Lúcia ou Iran”, diz
Por Joedson Telles
“O Sintese é comitê eleitoral”. Esta frase cunhada pelo líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Venâncio Fonseca (PP), e publicizada pelo vereador Agamenon Sobral (PP) pode levar à Comissão de Ética da Assembleia Legislativa o deputado estadual Gilmar Carvalho (SDD), que a ecoou para sua audiência, na Ilha FM, na manhã da última quinta-feira 29. Ex-presidente do Sintese, e sempre presente às lutas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese), a professora e deputada estadual Ana Lúcia Menezes (PT), surpresa com a colocação, cogita adotar a medida por se sentir atingida pelo colega de parlamento, que segundo ela, não estaria tendo limites.
“Vou pensar e ver direitinho como é essa questão de ética, e de ética dentro deste parlamento. Tenho um comportamento de muito respeito na minha história. E não dá para, de forma subliminar, e discurso indireto prejudicar, e eu ser prejudicada por outro colega. A disputa política ideológica é a disputa da sociedade. Quando eu quero, na minha vontade de competição destruir o outro, tem limites. Eu sou humana, e vou buscar os limites”, prometeu.
Ana Lúcia lembrou que já teve muitas discussões com o deputado Venâncio Fonseca por conta da frase “o Sintese é comitê eleitoral”. A deputada salientou, entretanto, que sempre o desafiou a comprovar, e desta vez, com Gilmar Carvalho, não será diferente. “Porque um comitê eleitoral passa recursos, não é só uma ação política, e ele vai ter que comprovar que as minhas campanhas e as do professor Iran, e de outros professores que são lideranças, têm recursos do Sintese. Ele vai ter que comprovar. Tem este objetivo (atingi-la e ao vereador Iran Barbosa), mas não vamos alimentar isso, porque não usamos dinheiro do sindicato”, afirmou.
A deputada observou que não apenas é do Sintese e contribui mensalmente com o sindicato como também já o presidiu. “Estou em todas as instâncias do sindicato, e sou professora com muito orgulho. Não estou na sala de aula porque a Constituição proíbe deputados e senadores. Vereador pode ter um vínculo. Mas o deputado não pode ter função pública, a não ser o parlamento. Se pudesse, com os meus 65 anos, estaria na sala de aula porque adoro ensinar. Conviver com os estudantes. Mas as prestações de contas das minhas campanhas e dos meus mandatos são públicas. Cumpro com toda legislação. Não tem como comprovar, porque não tem desvio de recursos do Sintese para as campanhas de Ana e Iran”, garantiu.