Por Joedson Telles
Assegurando que a pauta foi a Saúde Pública, astuto, o deputado federal Fábio Mitidieri não perdeu tempo e rechaçou, de pronto, a ideia que a visita que fez ao PSDB de Sergipe, na última quarta-feira, dia 3, visou à construção de uma aliança política para as eleições 2022.
Um dos nomes mais fortes para lançar uma pré-candidatura ao Governo do Estado pela situação, Fábio Mitidieri ratifica a força do bloco e tenta despolitizar o tal encontro. Sabe que deixar crescer a especulação em torno de uma harmonia política, pensando em 2022, é alimentar problema.
Aliás, não surpreende Fábio Mitidieri ter ido à sede dos tucanos. É um político educado, de personalidade e de boa convivência. Tampouco surpreende seus argumentos contrários a um possível atrelamento político.
A menos que o PSDB mude de mãos em Sergipe – o que não é difícil -, não seria bom para a imagem do bloco governista ter os tucanos em seu palanque. As farpas foram além da conta, sobretudo durante o governo Jackson Barreto. Outrossim são projetos distintos.
Por sua vez, o eleitor acompanhou tudo de perto e se manisfestou, ao reeleger nomes do bloco de situação eleição após eleição, e rejeitar as ideias para Sergipe externadas pelos atuais quadros do PSDB – hoje um partido isolado. Uma oposição que não obteve êxito na arte da persuasão.
Um acordo político no sentido de o grupo hegemônico do governo abrigar o baldado PSDB até poderia resolver os problemas deste último, que sonha com uma vaga na Câmara Federal. Entretanto, sem sombras de dúvidas, traria mais problemas que soluções para o candidato governista. O eleitor não estaria, digamos, de bom humor. Mitidieri parece não ter dúvida disso.