Por conta do clima quente e das chuvas ocasionais, os meses que compreendem o verão são propícios para a proliferação do Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika. Por isso, a Prefeitura de Aracaju reforça à população a necessidade de manter a vigilância sobre os focos de reprodução do mosquito, de forma que o trabalho conjunto entre o poder público e a comunidade evite fatalidades.
Mesmo tendo iniciado o ano com com 0,9 no Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), número que indica baixo risco para o aparecimento de surtos e epidemias de doenças causadas pelo mosquito, a gestão continua atenta e em constante diálogo com a população.
O bom resultado é fruto de uma vasta gama de ações, como as visitas domiciliares, limpeza de terrenos baldios e aplicação de fumacê costal, mas para que ele se perpetue a comunidade precisa estar engajada.
“Nós precisamos da população, o trabalho é feito em conjunto. Cabe a nós passar informações e conscientizar sobre a gravidade das doenças causadas pelo Aedes. Além disso, e é o mais importante, deixar claro que a forma mais eficaz de combatê-lo é a prevenção”, afirma o agente de endemias Neverton Oliveira.
A partir do resultado do LIRAa, a gestão traça o planejamento que é executado em cada região, de maneira que as visitas feitas pelos agentes, além de informar, também são fundamentais para a coleta de dados, que norteiam qual a melhor estratégia para impedir surtos e epidemias.
“Nós priorizamos os locais onde já existem notificações de suspeita de dengue, mas todos os bairros da cidade possuem suas equipes específicas, que fazem o acompanhamento. Então, estamos sempre reforçando a mensagem de como tomar medidas para evitar o acúmulo de água e como se trata de uma questão de saúde pública, que envolve a todos”, conta a agente Jaqueline Costa.
O contato constante com a população é a maneira mais eficaz de criar uma rede de combate à proliferação do mosquito, onde a atenção de cada aracajuano conta. “Eu acho muito importante essas visitas dos agentes, porque eles passam informações que a gente usa para se proteger. Mesmo que algumas delas a gente já saiba, sempre é bom reforçar para que a correria do dia a dia não nos impeça de prestar atenção e evitar deixar focos”, ressalta o comerciante Genison da Silva.
Além da busca ativa realizada pelos agentes de endemias, a própria comunidade pode solicitar a presença desses servidores municipais, no caso de observarem na área onde moram possíveis focos de difícil acesso, por meio do número 165.
Foi o que fez, por exemplo, a moradora do bairro Santos Dumont Rosineide Alves, preocupada com um terreno baldio perto de sua residência. “Aqui na região moram muitas crianças, então a gente fica preocupado caso tenha algum lugar que possa oferecer risco de que elas peguem dengue. É bom receber a visita dos agentes, porque eles ensinam como agir, mas o importante mesmo é que toda a comunidade vigie”, afirma.
Apenas com o trabalho conjunto entre a população e a administração municipal é que a capital continuará obtendo êxito ao evitar surtos das doenças causadas pelo Aedes, não importando o período do ano.