O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), que foi preso, na tarde desta quarta-feira, dia 19, pela Polícia Federal em Brasilia, e embarcou em seguida para Curitiba, onde está à disposição do juiz federal Sérgio Moro, classificou a prisão preventiva como absurda.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados prometeu adotar o que definiu em nota como “medidas cabíveis”. Além disso, existe uma grande expectativa que ele faça um acordo e revele informações preciosas à Lava Jato, numa chamada delação premiada, que pode prejudicar, inclusive, o governo Michel Temer.
“Trata-se de uma decisão absurda, sem nenhuma motivação e utilizando-se dos argumentos de uma ação cautelar extinta pelo Supremo Tribunal Federal. A referida ação cautelar do Supremo, que pedia minha prisão preventiva, foi extinta e o juiz, nos fundamentos da decretação de prisão, utiliza os fundamentos dessa ação cautelar, bem como de fatos atinentes a outros inquéritos que não estão sob sua jurisdição, não sendo ele juiz competente para deliberar”, lê-se ainda na nota.
O ex-deputado foi preso após a decisão do juiz Sergio Moro, atendendo a um pedido do Ministério Público Federal do Paraná (MPF/PR), que considera que ele em liberdade é um risco ao bom andamento do processo. Pesou também a possibilidade de Cunha fugir – sobretudo por ter também cidadania italiana.
Do Universo