Por Joedson Telles
“Sentença contra Nínive. Livro da visão de Naum, da cidade de Elcos. O Senhor é Deus zeloso e vingador…” – Naum 1:1,2 (NAA).
Tencionar que o profeta Naum tenha profetizado com exclusividade a promessa divina de “apenas” destruir a ímpia cidade de Nínive, capital da Assíria, é mitigar ao extremo a possibilidade real de uma aplicação teológica e pastoral muito mais abrangente da revelação – inclusive alcançando os dias atuais. Deus não muda. O Senhor continua “zeloso e vingador”.
Deus é amor. Ele conhece a fraqueza humana e cuida do seu povo mais que uma mãe responsável cuida do seu frágil bebê. Deus não permite que os seus sejam largados sozinhos nas inevitáveis tempestades da vida. O seu imensurável guarda-chuva sempre protege quem o procura com sincero arrependimento.
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, me buscar e se converter dos seus maus caminhos, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2 Crônica 7:14).
O Deus zeloso, ciumento – no bom sentido da palavra – com a sua honra, entretanto, é também o Deus vingador. Assim como Nínive desagradou a Deus pelo ateísmo, ganância, idolatria, violência, quem não abandona o pecado torna-se alvo da ira de Deus. Não respeitar a vontade de Deus, guiando-se pelos desejos da carne, é afrontar a sua honra.
“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões, facções, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus” (Gálatas 5: 19-21).
A santidade de Deus não lhe permite aceitar o pecado como algo normal. Jamais. Deus não odeia o pecado e gosta do pecador. Sobre este repousará, em tempo oportuno, a vingança divina: a condenação eterna.
Deus ama os arrependidos de coração. Mas abomina pecado e pecador. Os rebeldes, aqueles que não o temem, não vivem conforme à sua lei são seus adversários. O desfecho para estes não será nada bom. “… o Senhor é vingador e cheio de ira; o Senhor toma vingança contra os seus adversários e reserva indignação para os seus inimigos” (Naum 1:2 b).
