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“Tire meu nome como pré-candidato a governador. O que tem de novo na política?”, indaga Dr Emerson

Por Joedson Telles

Pré-candidato ao Governo de Sergipe, o ex-vereador por Aracaju e médico Emerson Ferreira (REDE) afirma, nesta entrevista que concede ao Universo, que a política, em Sergipe, vem sendo praticada “dentro de uma caixinha”, onde os atores debatem, mas não falam de temas como financiamento de campanha, loteamento de cargos públicos, farta distribuição de cargos comissionados porque todos praticam este tipo de coisa. “Precisamos ter pessoas decentes. A política tem se tornado, para muita gente, um meio de vida desonesto”, diz. Dr Emerson ressalta que não tem como fazer alianças com quem esteja “dentro da caixinha”. Assegura que os partidos não são democráticos. E se vê como a exceção da regra do jogo. “Tire meu nome como pré-candidato a governador. O que tem de novo na política? Isso acontece porque os partido têm donos – e estes vão impor seus nomes para sociedade. Não são nomes que partem da sociedade para a disputa. Se o povo tivesse muitos políticos decentes para votar iria mudar 90% do que está aí, mas não vão conseguir porque os donos dos partidos controlam o governo, o Senado, a Câmara Federal…”. Dr Emerson sublinha também que não abre mão dos princípios para ganhar uma eleição. “A gente não abre mão porque aí é ganhar perdendo. Se chegarmos vamos estar livres. Se não conseguir fazer não vai ser por conta de amarras”. A entrevista: 

 

Como estão sendo os seus dias fora da Câmara de Aracaju?

Eu sempre me conduzi com muito planejamento e de modo bem organizado. O tempo que eu fui vereador, durante oito anos, e o fato de fazer política de uma forma completamente diferente, durante a campanha e o exercício do mandato, eu nunca deixei de ser médico. Quando eu comecei a exercer o mandato de vereador ainda era professor da Universidade. Então, eu dividi meu tempo dando aula, sendo vereador e tendo consultório. Eu fazia isso sem misturar as coisas. Tinha uma frequência alta na Câmara, assistia à sessão inteiramente e tinha tudo programado. Sempre acompanhava com muita atenção, que é um problema do parlamento no Brasil não prestar atenção. Tudo é organização. É planejamento. E a gente vai fazendo muito bem.

O senhor tem a fama de não aprovar essa política de trocar voto em “favores”. Como avalia isto?

Existe uma prática na política de se estar resolvendo problemas pessoais. Pagar uma conta de luz, água, passagem, coisas que a gente pode fazer até pela amizade. Quando saiu o “Minha Casa, Minha Vida”, eu me lembro que os vereadores iam receber uma cota para distribuir. Eu nunca participei disso porque acho que isso é uma forma de comprar consciência porque estou dando algo de pouco valor e estou tirando dessas pessoas a dignidade, a escola de qualidade, a saúde. Uma pessoa com a dignidade liberta tem moradia digna, alimentação, atenção à saúde, uma escola de qualidade. No Brasil, a gente está vendo como um Estado com muitos ladrões se relaciona com setores do empresariado corruptores, que fazem uma interface da corrupção entre o público e o privado, financiando campanhas eleitorais. A própria delação de Eduardo Cunha se organiza nessa captação de recursos. A filha dele tinha uma empresa de assessoria e qualquer político entrava em contato, ele pegava uma comissão e depois mandava no mandato da pessoa.

O senhor quer dizer uma espécie de “crime organizado” existe na política?

A corrupção no Brasil foi sistematizada. O país que tem menos corrupção é a Finlândia, mas não chega atingir o máximo índice. Ela fica próximo do máximo, mas não é o máximo. É difícil zerar a corrupção, mas, do mesmo modo que é impossível zerar a corrupção, é inaceitável termos corrupção no montante que temos no Brasil. Presume-se que, a cada 20 anos, perdemos um PIB para corrupção. Tudo que se produz durante um ano inteiro no país é o que equivale à corrupção. São eleitos parlamentares que vão produzir leis. Se se sabe que 74% dos parlamentares eleitos foram financiados por essas empresas, está provado que a propina que continua durante o mandato é feita com base na produção de leis que beneficiam às empresas. Mostra que esses políticos representam quem financiou a campanha deles, e não o povo, que, muitas vezes, recebeu R$ 100,00 ou R$ 200,00 e acha que levou grande vantagem. Eles sabem que fazem uma campanha com recursos ilegais e produzem leis que atuam de modo brando em relação a esses crimes, tolerantes à corrupção que possibilita os recursos. O foro privilegiado foi colocado em prática no tempo do Império, quando o rei percebeu alguns amigos seus envolvidos com crimes. Ele disse que os amigos ele julga, e isso vem até hoje. Uma fórmula de blindar quem rouba. O nosso Código Penal protege, de certa forma, a impunidade. Aí está a necessidade de uma reforma que torne o crime de corrupção hediondo e com possibilidade de expropriação dos bens das pessoas que sejam condenadas. A gente precisa de uma grande mudança. Mas está claro que, essa mudança, nosso parlamento não produzirá, porque temos 74% deles financiados por essas empresas, dois terços ou mais da Mesa Diretora do Congresso de pessoas condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Se a gente for considerar condenação desde a primeira instância, peculato, formação de quadrilha, vamos encontrar uma parcela significativa desses parlamentares. Isso é o atestado da falência da democracia representativa. Nossa Constituição aponta saídas, mas existem esses políticos que controlam o poder nos Estados. A corrupção sistêmica lançou suas garras e se capilarizou pelo Poder Judiciário. Por órgãos assistenciais como Ministério Público e Tribunal de Contas. Existem estados com quase todo o Tribunal de Contas afastado, envolvimento de promotores. Essa corrupção sistêmica produz a crise institucional. Nossas instituições são fragilizadas porque não cumprem sua função e quando ameaçam cumprir vem a tentativa de diminuir o poder. É muito grande o poder acumulado por essa corrupção sistêmica. Temos que buscar na própria Constituição os instrumentos que permitirão um processo de construção da democracia representativa para a participativa.

O eleitor precisa entender isso e parar esta “corrupção sistêmica” com o voto. Não concorda?

Isso é um processo e não vai ser de uma hora para outra. É preciso que a gente vá considerando essas coisas para alertar a população do sentimento de frustração, por exemplo. Pesquisas em Sergipe mostram que 99% das pessoas não querem saber de política. Na realidade, as pessoas não acreditam nisso que se faz em nome da política. As pessoas não gostam é do crime que se comete em nome da política. Somos seres sociáveis e para que a gente fique em sociedade o processo cultural e histórico produz normas que estabelecem os limites da relação com o Estado. Precisamos gostar de política porque fazemos isso o dia inteiro como seres sociáveis. Da nossa renda vamos ver como arrumamos a casa, como pagamos a escola do filho. Nosso modelo de Estado legal diz que dentro de sua casa você faz como quiser, inclusive, para alguma figura pública entrar nela tem que ter uma ordem judicial, porque aquele espaço é reservado e se faz a política do dia-a-dia. Da porta pra fora, contudo, você não vai ao supermercado comprar poste, mas paga um dos maiores impostos do mundo para que aqueles que lhe representam possam fazer isso. Em média, o brasileiro trabalha cinco meses para pagar impostos. Historicamente, estão administrando mal. Jamais o povo brasileiro, em qualquer momento, teve próximo desse poder de decisão. A revolução de 1930 é, na nossa história, talvez o momento que essas forças populares tentaram se organizar, mas aqui no Brasil sempre prevaleceu o poder imperial, dos senhores de engenho junto a quem tem o poder político e isso ocorre através da Primeira República do Estado Novo e até os dias atuais. Com tudo que foi denunciado pela Lava Jato, Torre de Babel, Indenizar-se, subvenções, navalhas e tudo mais o povo reage votando nulo.

Mas é o eleitor quem legitima o mandato com o voto. Não tem culpa?

O povo quer mudar. Se derem opção que não seja trocar seis por meia dúzia já coloca o novo. Mas o novo não é a idade que a pessoa tem ou o fato da pessoa estar disputando uma eleição pela primeira vez. Eu vejo uma pessoa com 40 anos na política dizendo que é renovação. O novo na política é aquele que apresenta propostas, tem ações e um histórico que conferem coerência àquilo que é proposto. Eu gostaria de viver na cidade que os políticos prometem, mas, infelizmente, eu vivo na cidade que eles administram, que é muito diferente. O novo está nas ações, na coerência da fala e das ações e quando na gestão pública administrar com transparência. Os políticos não gostam da transparência na administração pública. As pessoas confundem o público com o privado. O político é servo do povo. A soberania do poder é do povo e o poder de administrar as cidades o povo cede parte, diz para fazer alguma coisa, mas não estão fazendo. Os partidos não são democráticos e têm donos. Tire meu nome como pré-candidato a governador. O que tem de novo na política? Isso acontece porque os partido têm donos e estes vão impor seus nomes para sociedade. Não são nomes que partem da sociedade para a disputa. Assim estaremos acabando com os currais eleitorais. O povo esta deixando de ser isso. Mas vai querer votar e, muitas vezes, não vai encontrar nomes novos. Pode ate encontrar um filho de um desses que vai se passar como novo, mas não é. Eu falo de práticas e coerência com o que se prega. Uma história de vida que respalde essa credibilidade. Se o povo tivesse muitos políticos decentes para votar iria mudar 90% do que está aí, mas não vão conseguir porque os donos dos partidos controlam o governo, o Senado, a Câmara Federal… Temos filhos de conselheiros, de ex-deputados, maridos… O povo precisa cobrar transparência de todos os gestores públicos, moralidade, legalidade e impessoalidade. Isso falta porque quem faz política dessa forma chega sem condição de exercer todos esses princípios. Faz-se eleição loteando secretarias e cargos públicos, como ter transparência? São essas coisas que a gente precisa mudar na gestão. Ter propostas com os pés no chão, não ficar a cada campanha cometendo crime de estelionato, prometendo o que não vai fazer pela própria forma de fazer política. Os grandes grupos de Sergipe, até a parte legal que aparece, são os mesmos financiadores de campanha para todos, e a gente já sabe os setores que se beneficiam com essa relação. Temos que acabar com essa cultura que, se é para serviço público, tem que cobrar a mais porque tem que pagar propina. Isso é o que a gente ouve na cidade. Precisa de um choque de gestão na administração pública, mas só vai poder fazer isso quem chegar livre das amarras da construção da campanha. Não existe transversalidade nas secretarias em Sergipe. Como a educação não vai ter influência na violência urbana? Mas as secretarias não estabelecem políticas públicas em parceria porque se estabelece que a secretaria é de um partido. Hoje, está de um jeito que o secretário é de um partido, o adjunto é de outro e cada um querendo fazer política partidária, que é algo mais abominável. A política pública de saúde em Sergipe se resume aos programas que são colocados pelo Ministério da Saúde. Em Sergipe, a história recente mostra a política partidária como prioridade na gestão pública da saúde. Não vamos resolver esses problemas. Por isso temos essa geração que está aí, inclusive estamos vivenciando um momento de mudança de ciclo que essas pessoas governam Aracaju e Sergipe nas últimas quatro décadas, mas o povo tem muito mais a reclamar porque hoje é assustador sair de casa. A insegurança pública e a vinculação dessa insegurança à escola sem qualidade, ao modelo de saúde sem qualidade, à falta de geração de emprego e renda que não dialoga com a política pública. Muitas vezes, as pessoas acham que para a violência com mais bala. Precisamos de uma polícia comunitária, cidadã, que dialogue e tenha uma ação preventiva e seja repressiva quando necessário. A gente precisa que tudo isso dialogue com o modelo educacional na implantação do período integral com atividades para as crianças menores de lazer e de esporte, e, à medida que elas crescerem, atividades técnicas, e que dialoguem com as gerações de emprego e renda.

Dentro deste contexto, o senhor vê a possibilidade de uma aliança ampla em torno da sua pré-candidatura ao governo do Estado?

Eu costumo dizer que a política em Sergipe, nessas últimas décadas, é praticada dentro de uma caixinha, que estão esses atores. O debate lá dentro é quem é melhor do que o outro. Eles não falam de financiamento de campanha porque utilizam as mesmas práticas, loteamento de cargos públicos, farta distribuição de cargos comissionados, todos fazem. Precisamos ter pessoas decentes entrando na política, porque a cultura política do Brasil é entrar na política pensando em enriquecer. A política tem se tornado para muita gente um meio de vida desonesto. Por que um custo de R$ 1 milhão com um senador? Isso é um acinte à sociedade. A maioria ganha um salário que não chega a R$ 1 mil. É uma política promotora de desigualdades. Precisamos rever tudo isso só que a turma que está aí não quer fazer. Quiseram fazer ‘distritão’ e não conseguiram, mas fizeram o fundão e botaram a possibilidade de financiamento para antes do início da campanha. Colocaram que as pessoas podem dar 10% da sua renda. Ninguém pensa que esse dinheiro vai sai do bolso dele. Vai continuar recebendo ilegalmente e apresentar contas no limite que a lei permite como sendo dinheiro dele e o resto está sendo doado. Não dá pra gente imaginar que a gente vá fazer política nessa prática.

A REDE está dialogando com o Partido Verde. Como foram estas conversas?

Conversamos com o PV e não se falou em cargo nem nada. Conversamos na construção de uma proposta de governo para Sergipe. Se a gente for pra dentro da caixinha pode pensar em ganhar, mas eu tenho dito que, para ganhar lá dentro, ganha perdendo. Só para quem não tem a visão de fazer a política coletiva. É possível a gente fazer política de uma forma diferente. O poder está na capacidade de decisão das pessoas. A gente vai priorizar o que é chamado de nova política, o cenário é favorável, não vamos comprar lideranças. A gente não quer estabelecer essa relação de dinheiro que existe na política. Esse diálogo é com a sociedade. A gente está chamando a sociedade através de fóruns para essa nova política. Existe uma série de coisas que temos que acabar na política. Eu já falei da necessidade de uma ampla reforma política controlada pela população, reforma do Código Penal, acabar com o foro privilegiado. Essa corrupção vai para os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo e a construção dos instrumentos de controle social nos poderes. Precisamos estimular que as pessoas fiscalizem de modo que a gente possa mudar da democracia representativa para democracia participativa. Precisamos de pessoas que perseverem, que façam política fora da caixinha. A gente tem que acabar com essa história de que todo político é ladrão. Isso é um discurso que interessa ao político ladrão. Não existe profissão onde todos sejam bons ou ruins. Na imprensa, temos bons profissionais e os que não são bons, e, geralmente, os que não são bons constituem a minoria. Na política é assim também. A história do rouba, mas faz é outra mentira. Se seu filho pegar o seu salário e for para farra e quando tiver voltando, no outro dia de manhã para casa, passar numa loja e comprar um sapato e lhe dar, você vai passar a mão na cabeça e aceitar? Por que, então, estabelece essa relação com o político? Tem que acabar também esse paradigma.

Então, o senhor exclui a possibilidade de uma coalizão?

Todos os governos tiveram maioria e o povo reclama que está tudo ruim. Essa lógica tem que mudar porque isso não é o que garante que vai ter uma boa administração, até porque o político que está no administrativo vai atender os financiadores de campanha, atender partidos coligados, a capacidade de investimento do Estado vai ficar reduzida e a máquina vai ficar inchada. Precisamos estabelecer uma relação harmoniosa com o Poder Legislativo, respeitando a independência e fazendo o chamamento para dialogar e produzir políticas públicas e deixar as pessoas como juízes. Quem não faz a política como carreirismo não vai se submeter a esse processo em nome de ganhar uma eleição. Com autonomia, com recursos próprios, se não houver tanta corrupção, é possível fazer mais do que tem sido feito atualmente. É preciso essa nova proposta de um choque de gestão e de uma nova prática na política. É a mesmice dentro dessa caixinha que impede que algo diferente aconteça.

E o senhor sente na recepção à sua pré-candidatura que esse pensamento está perpassando, que o eleitor quer esta mudança?   

Muitas vezes, o político pensa que consegue enganar as pessoas a vida inteira. A sabedoria popular é algo fenomenal e isso é construído ao longo do tempo. Quando eu estava vereador, no primeiro mandato, colegas falavam que, quem faz política como eu faço, só fica na Câmara uma vez, uma legislatura, porque quer fazer sem os vícios. Eu não posso abrir mão dos meus valores para ganhar uma eleição. Eu nunca vou ter um filho em qualquer cargo público (sem concurso público. Pela via do favor). Minhas campanhas são com pouco dinheiro e eu provo. Uma boa campanha precisa de dignidade, bom caráter para fazer política sem querer roubar a consciência de ninguém. A gente fez política sempre nesse caminho. Quando eu me reelegi falaram que eu quebrei um paradigma. Quando chegou o final do segundo mandato, eu disse que não iria mais. Antes, eu sempre imaginei que só poderia estar num cargo duas vezes. Fui duas vezes presidente da Sociedade de Dermatologia de Sergipe, duas vezes da direção da Unimed, da Somese, duas vezes da direção do Sindicato dos Médicos e fui saindo. Deixe que outras pessoas venham e façam. As instituições que devem ser fortes. E quem dizia que eu não passaria do primeiro mandato, falou que eu estava com o terceiro mandato garantido. Não é carreirismo e o povo vai prestando atenção a essas coisas. Na indenizar-se meu nome não foi ventilado e o povo vai prestando atenção nisso. Esse fato que eu não tenho parente no serviço público, e não é por falta de oportunidade, mas sempre orientei meus filhos nesse sentido. Fui pra eleição e tive aquele resultado. A gente vai produzindo a incorporação de um conceito perante a população. No segundo turno, a prática da caixinha é buscar os candidatos que perderam a eleição no primeiro turno. Não são todos, mas boa parte apóia outros candidatos em função dessas trocas. No segundo turno das eleições para prefeito de Aracaju, em2016, fomos procurados pelos dois candidatos (Edvaldo Nogueira e Valadares Filho). Saímos com uma nota e decidimos não apoiar nenhum dos dois. Esse aspecto foi mais importante que o resultado da eleição porque estabelecemos uma linha de coerência. O que o povo viu como vereador, na campanha para prefeito e o que o povo ouviu depois da campanha de prefeito. A progressão desta nossa proposta depende que cada cidadão sergipano faça uma reflexão sobre tudo e resolva tomar para si a responsabilidade de dizer quem pode mudar essa realidade que está indignando. Essa indignação é no sentido de esperançar. É preciso que isso que me incomoda mude e eu não posso esperar que os outros mudem. Indignação quando construída de esperança e coragem se torna consequente. É preciso que a gente acredite que é possível avançar nessa lógica e que essa construção é tarefa de cada um de nós.

Modificado em 22/10/2017 10:38

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