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“Diziam que a Câmara baixava a cabeça para o Executivo”, diz Eduardo Lima

“Essa legislatura está mostrando exatamente o contrário”, avalia o vereador

Por Joedson Telles

“A Câmara (de Aracaju) tem buscado o seu protagonismo. A Câmara, cada vez mais, vem mostrando sua independência. Muitos diziam que a Câmara tinha a bancada do amém, a Câmara, simplesmente, baixava a cabeça para o (Poder) Executivo e essa legislatura está mostrando exatamente o contrário, ela está pensando no melhor para Aracaju. O Executivo encaminha os projetos e a Câmara se debruça, pensa, a equipe técnica da Câmara e a assessoria ajuda os vereadores a pensarem, a criar estratégias para melhorar aquilo que o Executivo manda à Câmara. Esse é o papel da Câmara, mostrar seu poder de contribuição”, ajuíza o vereador Eduardo Lima (Republicanos), nesta entrevista que concede ao Universo, neste domingo, dia 17.

Qual o balanço que o senhor faz do seu mandato, em 2023?

Um mandato muito proativo, que vem dando muita atenção às periferias. Um mandato que busca ouvir e também atender por meio de proposituras, solicitações, ofícios e os principais pedidos das pessoas nas ruas. Um mandato que construímos projetos e buscamos o tempo todo uma boa relação com o Executivo, para que nossas demandas possam ter respostas. Um mandato que a população aracajuana sempre esteve perto e está perto do parlamentar. Desde o início do mandato, nós procuramos levar uma mensagem mais humana, um parlamentar com uma visão mais humana para periferia aracajuana, e essa visão mais humana é a visão da atenção, do cuidado, mesmo que o pedido do munícipe não seja realizado, ele percebe a tentativa, o interesse e a preocupação para buscar solucionar. Um mandato que, tanto na Câmara Municipal, quanto fora, se completa. Nas ruas, na Câmara, em qualquer lugar, eu considero que o balanço desses três anos de mandato é um balanço muito positivo, um balanço de esperança, um balanço que a política vem se transformando, e um político detentor de mandato também. Se nós estivemos perto do povo, falando a mesma língua das pessoas, nós conseguimos fazer um mandato de excelência.

O que o senhor destaca do mandato? Quais as principais ações?

O papel do mandato é servir. Quando você cria um mandato que está disposto a servir você consegue ver isso de maneira positiva em suas ações. Nós temos um projeto de qualificação profissional, o Educando para Libertar, que já qualificou mais de 2.200 pessoas em Aracaju. Nós temos projetos voltados para as crianças e adolescentes já aprovados e promulgados pela Câmara de Aracaju. Nós temos ações em nome da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes na Câmara e fora dela, porém, o que destaco no mandato é o conjunto dele; é a soma de ações e esforços, não só do parlamentar, mas de toda a equipe, no que diz respeito a atender à população. O que nós estamos destacando no mandato é essa proximidade com o povo, que é esse projeto que nós temos, o Educando para Libertar, e as ações voltadas para políticas do Suas (Sistema Único de Assistência Social), quando você fortalece as políticas dos SUAS você fortalece as ferramentas sociais que é pauta que nós temos trabalhado muito, a exemplo das Emendas Impositivas. Nós enviamos mais de R$ 400 mil para a reforma do CRAS Gonçalo Rollemberg Leite, no bairro José Conrado de Araújo, que é muito movimentado, uma ferramenta que ajuda muito. E também várias atividades, a exemplo do Terceiro Setor, o apoio que nós damos ao Terceiro Setor para ajudar os munícipes onde o poder público não chega. O que destaco do mandato não é uma ou duas ações; todas as ações do mandato são importantes, mas a luta do nosso mandato é fortalecer as políticas do Suas, é estar nas periferias levando qualificação por meio do nosso projeto Educando para Libertar. O trabalho do nosso mandato é estar sempre buscando um olhar mais humano de atenção, de dar escuta as pessoas, para as pessoas não olharem o político e não o verem como um ser distante do povo. Essa é a nossa bandeira de mandato, é mostrar ao povo que estamos perto dele é atuar, buscando solucionar as demandas que vêm das ruas.

E a Câmara de Aracaju? Foi possível dar respostas às principais demandas da população?

Como falei na pergunta anterior, o papel do vereador é fiscalizar, é criar proposituras, é criar uma relação com o (Poder) Executivo, para que venha beneficiar o povo. Quem faz é o Executivo, é o prefeito, nós apenas indicamos, demandamos e criamos leis para que o Executivo possa construir essa boa relação da Câmara executar, de fato e de verdade, aplicando na sociedade e em Aracaju. A relação com o Executivo é muito boa e sabemos que não é fácil, o orçamento é limitado, o orçamento de Aracaju, apesar de ser mais de R$ 3 milhões para 2024, tem limitações, pois a maior parte da folha é para pagar pessoal. A maior parte desse dinheiro é para saúde, então você fica meio limitado para trabalhar políticas públicas no orçamento, a exemplo da criança e do adolescente, queremos fazer muito em prol da criança e do adolescente. Nós temos abrigos defasados e deteriorados, a exemplo do abrigo Sorriso aqui em Aracaju, mas para que a gente mude essa história precisamos de orçamento, sem orçamento nada muda, é o dinheiro que faz as transformações acontecer, principalmente na periferia. Estamos lutando e trabalhando em relação a isso, porém, nosso papel é o de auxiliar o executivo, mas o dever de executar não é da Câmara, a Câmara só indica.

Como está sendo a experiência de fazer parte da Mesa Diretora? O que acrescentou ao seu mandato?

Participar do dia a dia da Câmara, da intimidade da Câmara, dos bastidores da Câmara, participar das execuções financeiras da Câmara, auxiliando os vereadores, o presidente, o setor administrativo da Câmara é uma experiência nova e muito positiva, nós já estamos acostumados a servir com prioridade, não somente ao povo, mas também à igreja, servir aos membros da igreja da qual sou pastor e você trabalhar ali na Mesa Diretora é uma responsabilidade a mais. A orientação à frente do regimento interno, dos colegas vereadores e também dando um apoio a toda parte administrativa. Essa experiência está se somando com minha vida e crescendo com ela e podendo contribuir para que o poder legislativo de Aracaju seja muito mais fortalecido e ajude ao povo.

Como avalia a relação da CMA com o Poder Executivo Municipal?

É muito boa, a Câmara tem buscado o seu protagonismo. A Câmara, cada vez mais, vem mostrando sua independência. Muitos diziam que a Câmara tinha a bancada do amém, a Câmara simplesmente baixava a cabeça para o Executivo e essa legislatura está mostrando exatamente o contrário, ela está pensando no melhor para Aracaju. O Executivo encaminha os projetos e a Câmara se debruça, pensa, a equipe técnica da Câmara e a assessoria ajuda os vereadores a pensarem, a criar estratégias para melhorar aquilo que o Executivo manda à Câmara. Esse é o papel da Câmara, mostrar seu poder de contribuição. Ajudar naquilo que é positivo para a população de Aracaju e construir alternativas para aquilo que bata de frente com os anseios da sociedade. A independência da Câmara é um poder instituído pelo povo, e isso é muito importante, a Câmara tem voz, a Câmara tem muitas mentes pensantes, a Câmara tem condições de contribuir muito com a sociedade, e a relação com o Executivo e Câmara é muito positiva quando os dois sabem o seu papel quem ganha com isso é Aracaju.

O senhor já decidiu se será pré-candidato à reeleição? O que planeja para o seu futuro político?

Sou servo de um grupo, eu sou pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, há mais de 10 anos, e sou um soldado da minha igreja, e desde quando escolhi ser pastor meu futuro está no altar. Eu não faço planos nem projetos, quem faz é o Senhor Jesus, é Ele quem decide minha vida. Há muito tempo deixei de pensar no amanhã. Então, o meu futuro político está no altar, e falo nessa linguagem religiosa porque não posso separar quem eu sou, eu sou pastor e jamais vou separar o ser pastor. Sou um homem público sendo pastor ou não. Nunca vou deixar de servir. Fazemos parte de um grupo e temos um nome como o do pastor Alex Melo, um político jovem que foi candidato a deputado federal em 2022, foi bem votado e vem crescendo em meio ao trabalho social, um homem capaz e bem inteligente.

Como avalia o atual momento político de Aracaju?

Aracaju, hoje, passa por transformações. Estamos à porta de uma eleição municipal, que o atual gestor não poderá concorrer. O prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) está no seu quarto mandato. Aracaju, hoje, vive não só uma mudança política, mas estrutural, a exemplo do Brics em Aracaju. Você tem aí a Perimetral Oeste e a mudança que será feita na Zona de Expansão de Aracaju. Você têm obras estruturantes que vêm crescendo em Aracaju; têm nomes crescendo em Aracaju, a exemplo da deputada federal Yandra Moura (União), a vereadora Emília Correa (PRD), tem o nome de Luiz Roberto (PDT), o nome da deputada federal Katarina Feitosa (PSD), e isso é positivo para Aracaju, nomes que dão opções ao povo de Aracaju. Aracaju é uma das capitais do Nordeste que cresceu em população; enquanto Salvador (BA) diminui, Aracaju cresceu. Então, isso mostra que Aracaju cresceu não só para o povo nordestino, mas para o povo brasileiro. Uma cidade de qualidade de vida, uma cidade limpa e organizada. Graças a Deus, Aracaju é uma cidade diferenciada e isso faz com que o Brasil olhe para ela de forma diferenciada também.

Pretende apoiar algum destes nomes que estão colocados como pré-candidatos (as) à Prefeitura de Aracaju?

Tem um nome diferenciado que não falei, que é o nome do presidente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), o vereador Ricardo Vasconcelos (Rede). É um nome que vem despontando politicamente na nossa capital. Um nome bom e leve. Se Ricardo vier a disputar a eleição para prefeito de Aracaju teria muita inclinação a apoiá-lo e votar nele, mas vamos esperar que tem muita coisa para acontecer.

O senhor participou da reunião com o ex-deputado André Moura, na semana passada? Como avalia a proposta feita à vereadora Emília Corrêa?

Na Câmara de Aracaju, o que mais acontece são reuniões. Seja com o ex-deputado federal André Moura (União), com o secretária da Casa Civil Jorginho Araújo (PSD), seja com Zezinho Sobral (PDT), seja até com o governador Fábio Mitidieri (PSD), recebemos também o senador Laércio Oliveira (PP), então reuniões acontecem e há reuniões políticas o tempo todo. Uma Casa política respira política, então são normais essas reuniões. André Moura é um líder político de muita influência no Brasil, então todo cenário político, até o final de março, vai estar em ebulição e vai ferver, isso é normal.

Com a colaboração do jornalista Leonardo Teles

Modificado em 17/12/2023 10:25

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