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Sukita e a tática de se colocar no papel de coitadinho

Por Joedson Telles 

O internauta já foi acusado de fazer algo nocivo contra o ex-prefeito de Capela, o Manuel Sukita? Mato a charada sem pensar duas vezes: ou o internauta não é político, e, portanto, não disputa voto ou aguarde que é questão de tempo acordar com Sukita em alguma emissora de rádio no papel de vítima a arrotar devaneios maléficos. Aliás, a persistir o script, ser político já não soa mais único pré-requisito para ganhar a linha de frente. Sukita, agora, acusa servidores da Secretaria de Justiça de promoverem tortura. Ele mesmo seria a vítima, pra variar. Alude à estadia própria naquele lugar onde o sol nunca nasce redondo.

Em tempo, o governador Jackson Barreto, e não poderia ser diferente, julgando-o pela sua história, observou que não admite tortura no seu governo e, de pronto, ordenou uma apuração rigorosa.

O governador está correto, óbvio. Se existe uma pessoa dizendo-se vítima de um crime tão bárbaro como a tortura nada mais justo que se promover uma apuração – ainda que o suposto injustiçado seja useiro e vezeiro da tática de se colocar no papel de coitadinho.

Creio, contudo, que o governador pecará se não ecoar a reação lúcida e coerente do seu secretário de Justiça, o delegado Cristiano Barreto. Ele também defende investigação, todavia deixou claro que o caminho será a Justiça, caso seja comprovado que tudo não passa de uma afirmação caluniosa. Dito de outra forma: não se descarta que, cínica e criminosamente, Sukita estaria inventando a história para tirar proveito político.

Aliás, coube ao deputado Gilmar Carvalho correr o risco de sequer esperar a investigação: definiu Sukita como um mentiroso. Algo que, observe-se, não seria uma afirmação isolada. Entre outros exemplos, lembro do episódio da saída de Sukita do PSB.

Ali, o senador Valadares, entre outros membros do partido da pombinha, jamais confirmaram a versão de um Sukita longe da paz. Refiro-me àquela história de assinar um documento formalizando que, se fosse preso, não seria candidato. Lembram?

O fato é que Sukita parece perceber o seu tamanho político e trata de se manter fiel à tática que lhe deu a eleição de prefeito de Capela (quase lhe colocou na Assembleia Legislativa) e, por tabela, elegeu sua esposa prefeita do mesmo município.

Sukita sabe que este estilo de fazer política subestimando inteligência e brigando ou chamando para a briga Valadares, Valadares Filho, Ezequiel, Augusto Bezerra, Zezinho Guimarães, André Moura, Venâncio Fonseca, Eduardo Amorim, Francisco Gualberto, Zezinho Sobral, Laércio Oliveira… Não lhe rende um só voto em determinada faixa do eleitorado. O chamado formador de opinião nem é bom falar. Aposto uma Heineken canela de pedreiro que dá de ombros.

Todavia, há eleitor, e óbvio merece o meu respeito, o voto é livre, que não se permite ao luxo de refletir sobre as gravíssimas acusações que pesam contra Sukita na Justiça, sobretudo no tocante à sua gestão em Capela, imagine se está preocupado se ele prova os verbos usados para atingir quem julgue necessário? Não esqueçamos: o eleitor é heterogêneo. Tem pra todos os gostos. E políticos como Sukita sabem se aproveitar bem disso.

 

Modificado em 11/10/2017 22:31

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