body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Com uma Lava Jato em Sergipe, muitas autoridades seriam presas, diz Cabo Amintas

Por Luiz Sérgio Teles

O vereador Cabo Amintas (PTB) afirma, nesta entrevista que concede ao Universo, que a Câmara Municipal de Aracaju é, hoje, uma casa desmoralizada. Uma casa de negócios. “Aquilo ali não é e nunca foi a casa do povo. Eu me envergonho de ver muita gente subserviente. A Câmara, em alguns momentos, me parece ser uma subsecretaria da Prefeitura de Aracaju”, diz o vereador, decepcionado com a política. “Eu venho de uma instituição (a Polícia Militar) onde homens e mulheres têm palavras, e agora estou num meio onde muitos homens não têm palavra. Isso é decepcionante”, desabafa o polêmico ex-militar, que ainda coloca em xeque autoridades sergipanas. “Se tivesse uma Operação Lava Jato no nosso estado teríamos muitas autoridades presas”, assegura. A entrevista:

Qual o balanço do seu primeiro ano de mandato na Câmara de Aracaju?

A gente teve algumas decepções na política. Eu venho de uma instituição onde homens e mulheres têm palavras, e agora estou num meio onde muitos homens não têm palavra ali dentro. Isso é decepcionante, para a gente que está começando na política. Apresentamos o Projeto de Lei de isenção do IPTU para pessoas com doenças crônicas, foi aprovado por unanimidade e, para minha decepção, foi vetado totalmente pelo prefeito Edvaldo Nogueira. Graças a Deus, conseguimos derrubar o veto, e, agora, já é lei em Aracaju. O que acontece lá dentro é bem diferente do que estou acostumado. Foi uma decepção, mas a gente vai tentar sempre mostrar um trabalho voltado para a população mais carente de Aracaju.

Alguns temas polêmicos foram discutidos na CMA, a exemplo do Projeto de Lei do IPTU e da CPI do Lixo. O senhor acredita que nesses casos faltou autonomia ao legislativo?

Falta não só autonomia, mas pulso de quem está à frente daquela Casa. A Câmara Municipal de Aracaju, hoje, é uma casa desmoralizada, uma casa de negócios. Aquilo ali não é e nunca foi a casa do povo. Eu me envergonho de ver muita gente subserviente. A Câmara, em alguns momentos, me parece ser uma subsecretaria da Prefeitura de Aracaju. Na maioria das vezes dizem amém à vontade do prefeito.

Como o senhor avalia as arrumações visando às eleições 2018?

Eu acho que eles estão preocupados demais. A gente tem que parar de se preocupar com eleições com tanto tempo de antecedência e se preocupar em administrar bem. Infelizmente, um ano antes param tudo para ver quem será candidato a governador, a senador, a deputado… Eu acho que cada um tem que fazer seu mandato com responsabilidade e deixar que o povo reconheça depois. Infelizmente uma boa parte da população ainda não aprendeu a votar, mas a chance é agora em 2018. Tira todo mundo envolvido em corrupção. Temos que renovar e dar um gás novo em todos os setores.

O senhor pretende se candidatar próximo ano?

Eu sou um soldado, e sendo um soldado muito bem preparado pela Polícia Militar eu estou pronto para qualquer desafio. Se for da vontade de Deus, a gente vai pra briga e tentar ajudará a população mais carente e pela instituição que representamos. A gente sabe que a Polícia Militar hoje está carente de bons representantes.

Levando em conta a crise política que o país vive, como o senhor desenha um representante que tenha respaldo do povo?

Na verdade, ser político hoje no Brasil é saber que você vai ter o nome de ladrão. Tem que ter uma postura firme. Hoje, veríamos que a grande maioria dos políticos são envolvidos em maracutaia. São bandidos que estão gastando o dinheiro do povo em benefício próprio. Cabe à população tirar esses homens da política. Desde que eu me conheço por gente que Sergipe teve dois ou três governadores. Isso é um absurdo. Esta na hora de mudarmos o quadro político no país inteiro. Sergipe, infelizmente, em alguns momentos parece ir pela contramão do que está acontecendo no Brasil. Se tivesse uma Operação Lava Jato no nosso estado teríamos muitas autoridades presas.

Modificado em 12/10/2017 20:02

Universo Político: