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“Sou de esquerda, sou socialista nato. Eu me identifico com alguma coisa do PT”

Por Joedson Telles

O senador Eduardo Amorim (PSDB) comenta, nesta entrevista que concede ao Universo, neste final de semana, não apenas a situação crítica do presidente da República, Michel Temer, que enfrentará uma nova denúncia, mas também do PSDB, enquanto seu aliado. O senador fala das saídas dos deputados estaduais Venâncio Fonseca e Capitão Samuel do bloco da oposição rumo ao grupo governista, demonstra sua descrença na reforma política e assegura ser um socialista identificado com o Partido dos Trabalhadores, apesar de não ter militância nas ruas. “A consciência que eu tive foi da sobrevivência. Não era uma consciência política. Mas pode ter certeza que sou de esquerda, sou socialista nato. Não sou extremado capitalista, embora tenha gente próximo de mim que é. Eu acho que me identifico com alguma coisa do PT e dos partidos de esquerda. Eu acho que a gente poderia ter uma sociedade muito melhor”, diz.

O que o eleitor pode esperar da reforma política?

Muito pouco. A gente luta o tempo todo para que não seja simplesmente um remendo. Seja algo que venha corresponder à sociedade brasileira. Que venha prestar conta a sociedade. Mas o parlamento é plural. São 513 deputados e 81 senadores. São muitas cabeças e muitos interesses. Essa pluralidade, muitas vezes, é usada para o lado do bem, mas também pode acabar atrapalhando numa hora como essa. Eu acho que duas reformas são emergentes: a política e a tributária. Não pode num país como esse se pagar tanto tributo. Pagamos 94 tipos de tributos. Eu fiz pós-graduação em direito tributário e em direito público e são 94 tipos de tributos. Imposto é uma espécie. Imposto de Renda é uma subespécie. São inúmeras contribuições, taxas, tarifas. Acho que o Senado já votou diversas vezes fim das coligações, fim do crédito proporcional, fim da reeleição, mas, infelizmente, quando chega à Câmara dá uma parada porque a Câmara tem uma pluralidade muito maior. Um mês para que se aprove alguma coisa. Não tem como não ser pessimista porque se deixou muito para o final. Tem que ser até o dia 6 de outubro para obedecer ao princípio constitucional da anualidade, onde todas as regras têm que ser definidas um ano antes da eleição. Tem que ser obedecido isso. É um calendário extremamente apertado. Temos que votar essa semana meta fiscal, os vetos que estavam trancados. Ficamos até 3 horas da manhã, da última quarta para quinta-feira. O trabalho é muito, mas, às vezes, os regimentos das duas Casas permitem muita repetição. O mesmo tema se discute e todo mundo quer falar. A gente vive com essas contradições. Outra coisa que o Congresso precisa fazer é a revisão do seu regimento. A gente sabe que ali o espaço democrático é a vontade da maioria.

Qual a maior urgência que a reforma política precisa resolver?

Eu sou a favor do fim da reeleição, do voto proporcional. Eu acho que o voto proporcional nasceu na Europa no século passado e veio para nossa Constituição, incorporamos ao nosso ordenamento jurídico e, com a Constituição de 1946, ocupou o espaço que tinha que ocupar. Hoje é preciso refletir sobre o voto proporcional. Como pode um parlamentar eleger quatro? Isso contraria o maior princípio democrático que é a vontade da maioria. É preciso refletir isso. Eu acho que o voto proporcional estimulou um pouco a multiplicação de partidos. Não que não tenha que ter partido, mas é preciso ter uma reflexão sobre isso. Nos Estados Unidos, o cara pode ser candidato sem partido nenhum. É preciso se fazer alguma coisa. É preciso demonstrar para sociedade brasileira que estamos tentando fazer alguma coisa. A questão do financiamento, se público ou privado, por que não pegar o dinheiro gasto em televisões para contribuir para essas campanhas? O que se gasta hoje com o tempo de comunicação ser dado ao partido para comprar se quiser a propaganda, lógico que prestando conta ao Tribunal Regional Eleitoral. São essas coisas que precisam ser melhoradas para dar mais credibilidade ao povo brasileiro. Não teen outro caminho. A política é e sempre será um instrumento para se escolher aqueles que vão conduzir um país, Estado ou município. Desde o início da humanidade não se inventou algo melhor. Tem alguns que se apoderam desse instrumento e fazem o que não deviam nunca fazer. Pegam a coisa pública e jogam no seu patrimônio. Isso é perverso, maldoso. Eu tenho consciência que quem vai salvar o país é o povo brasileiro.

Um dos fatores que o deixa contra a reeleição seria o fato de muitos políticos já entrarem no exercício do mandato pensando na próxima eleição?

Com toda certeza. Principalmente do Executivo. Poderia ter um mandato de cinco anos para executar todo seu projeto. Esse tipo que estamos experimentando é muito danoso. Em outros lugares pode até ser positivo, mas aqui alguns se aproveitam disso para o mal. Quando vem o segundo mandato talvez não tenha o mesmo vigor que teve no primeiro.

O presidente Michel Temer resiste à nova denúncia?

Ele com certeza vai usar a mesma estratégia e vai tentar sobreviver. Temer tem um convívio, principalmente na Câmara, muito forte. A instabilidade gera mais instabilidade política, jurídica, econômica. O fato é que estamos a um ano da próxima eleição, e o brasileiro está apreendendo que o voto não tem preço, que não é mercadoria. Voto tem consequência, e, infelizmente, estamos vivendo a consequência do mal, tanto no plano federal e especialmente no plano estadual. Precisamos virar essa página e agora entrar na página do bem, da esperança que o brasileiro sempre teve.

O senhor ainda tem esperança de o PSDB descolar do governo?

Essa página internamente já foi virada. Os deputados estão livres para votar de acordo com sua consciência. Claro que o partido tem suas defesas, mas algum tempo atrás o partido estava literalmente dividido. No caso da primeira denúncia, estava 22 x 21 e se um deputado não tivesse se ausentado seria empate. A executiva nacional está preparando os diretórios municipais, depois vai preparar os diretórios estaduais e a previsão é até o final do ano a gente tenha uma nova eleição para que a gente aponte um novo candidato para ir para eleição no ano que vem.

Disputar as eleições como aliado de Michel Temer, que está em baixa com a população, não é um risco?

O eleitor vai avaliar todos os nomes e cenários. Quem fez pelo Brasil e quem não fez, quem realmente não fez o que deveria. O eleitor sergipano vai estar muito atento àquilo que nos pregamos. Quando eu vi o anuário sócio econômico da Universidade Federal de Sergipe dar o diagnóstico da situação de Sergipe, muito do que está ali dissemos em 2014. Lógico que o anuário foi muito mais preciso de município por município. Mas no macro o diagnóstico do anuário nós dissemos. O endividamento, a violência, o analfabetismo, os indicadores sociais com curvas para baixo, a saúde na UTI. Acho que o eleitor vai estar mais atento e só o cidadão pode salvar esse país e o Estado. É verdade que instituições como o Ministério Público e outras mais têm feito o seu papel, a Justiça tem seu dever constitucional, mas quem vai salvar mesmo é o povo, como já ocorreu em outros momentos da nossa história. A independência, no momento da saída do Império para República, e em outros momentos de revoluções. Que as mudanças venham, mas pela consciência e não pela força.

O PSDB terá mesmo um candidato a presidente?

Eu sou um novato no PSDB, mas cheguei com experiência de vida e com a credibilidade chancelada pela nossa história. Com menos de seis meses de partido, a gente recebe a liderança do bloco. Eu não imaginava isso. O que a gente sente é que o partido está se preparando  para apontar um novo horizonte para o país, como o partido foi fundamental na saída do regime totalitário na retomada da democracia. A gente tem o nome do governador Geraldo Alckmin e do prefeito João Doria. Eu tenho afinidade com os dois. Alckmin é um médico anestesista e Doria, eu o conheço há mais tempo, o país o conhece administrativamente há mais tempo, e Doria tem uma nova forma, uma linguagem cotidiana, já que ele é um comunicador, mas ele tem um DNA político. O pai era político e foi cassado durante o regime militar, os avós dele tinham DNA sergipano ele vai estar em Sergipe em breve. Já estão agendadas duas palestras, uma sobre políticas públicas e outra sobre as drogas, que tem causado a destruição de várias famílias. Ele vem falar também da crise econômica e fiscal que o país está vivendo.

O PSDB precisará de um palanque em Sergipe para o presidenciável. Terá Eduardo Amorim como pré-candidato a governador?

Meu nome foi colocado à disposição. Já estava preparado em 2014 e estamos mais ainda agora. O diagnóstico já tínhamos, e, ao longo desses três anos que se passaram, a gente só vem confirmando e afirmando, mas buscando soluções para diversas áreas. Nosso bloco, com toda certeza, só teremos a definição ano que vem porque é um ano eleitoral. Discutir candidatura fora do ano eleitoral é algo contraditório. Tudo na vida, como está escrito em Eclesiastes, tem que ser no momento certo e na hora certa. Não é hora da gente está vivendo em função de uma escolha para o ano que vem. É momento de trabalho, de apontar soluções para esses gigantescos problemas que temos, e não são poucos.

Até porque os pretensos candidatos estão exercendo mandatos, não é isso?

Vai contribuir como, se ficar pensando em eleição? Eu diariamente, em Brasília, recebo dezenas de prefeitos. Eu gosto de ouvir as pessoas, caminhar e a gente aprende nas conversas. O estrago que continua sendo feito no nosso Estado é para no mínimo 30 anos. Sergipe saiu de uma dívida de R$ 800 milhões para mais de R$ 6 bilhões. Sergipe saiu de uma situação superavitária para uma deficitária na Previdência. O rombo da Previdência esse ano é de R$ 1,5 bilhão. Próximo ano aumenta. O fundo vai ter quase zero na conta. Como faz para pagar os aposentados? Eu não tenho nenhuma dúvida. Nesses quase 200 anos de emancipação política de Sergipe nunca vivemos um momento tão crítico e difícil, tão quebrado como esse. A culpa não é só do governo que aí está, mas ele, além de aceitar o rombo, nada fez. Ele poderia ter feito o dever de casa, as economias necessárias. Antigamente, um prefeito era muito dependente do governador para fazer uma obra no seu município. Os prefeitos sergipanos descobriram que não adianta bater à porta de quem está quebrado. Que é melhor pegar um avião e voltar no dia seguinte pra casa, mas se for vai conseguir uma escola, uma creche, calçar as ruas. Tem prefeito que pensando dessa maneira e sendo oposição ao Governo do Estado pavimentou e calçou todas as ruas da sua cidade. Não foi o Estado que foi cobrar. Hoje é um caminho que todos eles fazem. O Estado deveria estar fazendo o mesmo. Buscando os recursos e mais investimentos porque o que vem de lá é sem obrigação de retorno. No máximo a contrapartida.

O deputado federal Valadares Filho revelou que tem conversado com aliados do governador Jackson Barreto que estariam insatisfeitos e podem estar no palanque da oposição, em 2018. O senhor tem conversado, neste sentido, com alguém do governo também?

Tenho. Semanalmente, eu recebo gente no gabinete e converso. A insatisfação a gente percebe. O governo não correspondeu com aquilo que o povo precisa. Eu escuto até de aliados do governo que ele é mal administrado e mal gerenciado. Eles mesmos criticam o governo nas diversas formas. Mas assim como lá tem fila (para compor a chapa majoritária), aqui também têm nomes. A conversa vai existir. Não é só vir por vir.

Apesar das especulações de setores da mídia no sentido de o grupo ter um novo líder, o senhor não tem externado vaidade em relação a isso. Não incomoda? 

Eu aprendi a só dar importância ao que merece. Umas das coisas mais preciosas que Deus nos dá é a vida e a vida vem na forma do tempo. A gente sabe que existe aquele tipo de eleitor que é torcedor, o que defende com algum interesse. Isso a gente vê em todos os segmentos e para mim isso não tem a menor importância. Tem gente que coloca o eu na frente e esquece que antes do eu é o nós, o coletivo. Venho de uma família simples e humilde. Para eu estar na política é uma missão. Mas tem gente que está na política pelo interesse, pelas facilidades palacianas. Eu vejo a oportunidade de fazer o bem sem olhar a quem. Alguns dias atrás, eu estava em Barretos e lá encontrei uma família sergipana que tinha ficado desesperada porque um ente querido estava com câncer e desenganado e pedia pelo amor de Deus e eu bati na porta dos amigos de Barretos e pedi que ele fosse atendido. A gente percebe o quanto é bom fazer o bem. É gigantesco fazer o bem. Eu acredito muito nisso e vivo isso. Não tem como um parlamentar ficar rico de forma lícita com o salário que recebe porque muitas vezes metade do salário se ajuda aos mais necessitados. Eu só acredito no soldado que vai à guerra como um missionário. Aquele que vai com interesse eu não acredito. O povo de Sergipe só me dê qualquer mandato se for possível eu fazer o bem. Se eles acharem que eu não tenho condições eu que peço para que não me dê.

O que aconteceu com a bancada de oposição na Assembleia Legislativa para encolher tanto?

Com certeza, alguns se deixaram levar pelas benesses palacianas. Nem todos resistem. Ser oposição é sobreviver permanentemente de princípios, de ideias, valores, e deixar a tentação de lado. A diferença hoje para o mandato passado é que hoje não temos a maioria, mas temos bravos soldados. O governo passa porque tem a maioria. De vez em quando tem uma dificuldade, mas se deixam levar pelo imediatismo e pelo interesse. Nada sai do lugar sem uma energia, sem uma motivação.

Houve diálogo, antes de os deputados deixarem a oposição, ou o senhor tomou como surpresa?

Surpreendidos sempre somos. Fui surpreendido porque em algumas dessas mudanças eu bati à porta dessas pessoas e apostei, e também apostaram na gente, mas faz parte do ser humano. Tem gente que é mais firme em seus princípios e tem gente mais flexível. Eu, que por conduta de vida, só defendo o que acredito. Só me dobro todos os dias pelo que acredito.

É comum, principalmente na Assembleia Legislativa, comentários no sentido de que o seu grupo não deu o tratamento que o deputado Venâncio Fonseca merecia, nas eleições 2014. O senhor enxerga isso?

Não. Se eu tivesse sido governador, eu digo com toda certeza que Venâncio seria uma das pessoas mais lembradas. Teria sido uma daquelas pessoas que eu teria na primeira opção para qualquer espaço. Na campanha, eu mal dormia, mal comia. Se houve alguma coisa, eu não acredito. Mas tudo tem um motivo. Às vezes, alguém não teve a votação que esperava ter. Eu acho que Venâncio teve a votação que ele teve porque sempre foi um opositor ferrenho, detalhando as mazelas. Se ele não tivesse sido esse opositor não sei se ele teria sido eleito.

O senhor vê diferença no Venâncio do passado para o do presente?

As coisas mudam. É preciso aprender a respeitar. Cada um sabe fazer a sua avaliação. Ser oposição não é fácil, mas eu acho que vale a pena porque ser oposição num momento desse, principalmente em nosso Estado, é estar  do lado do povo. Daquele que não tem oncologia, não tem um centro de exames por imagens para fazer um exame, uma tomografia. Quem está junta a esse governo não está defendendo o povo não.

Mas o deputado Capitão Samuel justifica que, na oposição, não teria como ajudar a base…

Eu prefiro ajudar todo o povo e não só a base de um e de outro. Cada um justifica do jeito que quer. A saúde está boa?  A segurança? Depois que ele foi Sergipe se tornou um Estado menos violento? Depois que ele foi as estradas ficaram mais limpas? Será que o servidor público está recebendo em dia depois que ele foi?  Mudou pra melhor ou pra pior? Se não mudou, precisamos continuar combatendo. Mas respeito e não sou inimigo. Tenho divergentes. Adversários ideológicos políticos. O Sintese tem que defender mesmo a categoria, pedir melhores condições de trabalho, valorização salarial. Eu não sei como uma criança vai para a escola e olha o teto se perguntando se vai cair ou não. Como se estuda num ambiente degradado? Eu sei o que é isso porque eu não pertenço a nenhuma elite e nem condeno quem pertence. Eu venho da simplicidade, da humildade. Eu nasci da esquerda. Eu sou socialista. Se eu quiser ser capitalista a essa altura seria um grande empresário, um dono de hospital. Eu não sou porque ainda adolescente estava num grupo de jovem aprendendo os valores cristãos, o socialismo cristão.

O senhor mencionou o Sintese e disse ser socialista… A deputada Ana Lúcia é um reforço para oposição?

Não. Cada um defende o que quer defender. Ana Lúcia nasceu dentro desse universo da militância. Eu não tive essa oportunidade e não critico quem teve. Eu não tinha essa consciência. A consciência que eu tive foi da sobrevivência. Eu ouvia do meu pai e minha mãe que eles eram feirante e agricultor, feirantes e passavam por dificuldades para mudar minha vida, e o único caminho que me apontam é do estudo. Eu perguntava como ia concorrer com o Unificado, Visão e eles diziam que enquanto os concorrentes estavam dormindo eu ia estudar mais. Eu consegui fazer isso. O primeiro vestibular que eu fiz, passei. Não foi uma vitória com duas mãos. Na minha caminhada eu recebi ajuda de muita gente. Então, a consciência que eu tinha era da sobrevivência. Não era uma consciência política. Talvez se eu tivesse uma consciência política tivesse essa militância que eles têm. Mas pode ter certeza que sou de esquerda, sou socialista nato. Não sou extremado capitalista, embora tenha gente próximo de mim que é. Eu acho que me identifico com alguma coisa do PT e dos partidos de esquerda. Eu acho que a gente poderia ter uma sociedade muito melhor. Vivermos e pisamos nas melhores terras do planeta. A distribuição de renda poderia ser melhor. O pobre não poderia pagar mais imposto proporcionalmente. Isso é perverso. Como ele paga muito sobra pouco para botar o filho numa escola, para um plano de saúde, para vestir e comer. Quando eu ouvi o senador Paulo Paim defendendo a reforma trabalhista e dizendo que precisamos visitar uma fábrica, um campo, ver como os agricultores trabalham, eu humildemente levantei a mão e pedi a fala na comissão de assuntos sociais e disse que não precisava porque isso pra mim foi minha vida. Eu cuidava dos porcos que minha mãe criava. No final do ano, pegava cinco porcos, que era a roupa nova no final do ano para cada um dos filhos. A manutenção dos porcos era a certeza de algo diferente. Fazer farinha no sítio de minha avó para ganhar um tostão, cuidar do galinheiro. Isso pra mim não é internet. Foi minha vida. Por isso eu tenho essa consciência e sei o que um mandato pode fazer na vida de muita gente, que, às vezes, a gente nem conhece, mas ajudamos.

Modificado em 03/09/2017 11:33

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