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Previsão é de André Moura: “esse irresponsável vai acabar com Sergipe”

Líder do governo Temer defende intervenção no governo Jackson Barreto

André: denunciando corrupção na FHS

Por JoedsonTelles

Líder do Governo Federal na Câmara dos Deputados, o parlamentar sergipano André Moura (PSC) é mais um a defender uma intervenção no Governo de Sergipe por conta dos problemas vividos pelo estado. Segundo André, se fosse o prefeito de qualquer município sergipano, na mesma situação, já teria acontecido uma intervenção. “Por conta de tantos problemas, tanta irresponsabilidade, tanta falta de compromisso em todos os setores. Estamos aqui perguntando por que ainda não houve, mesmo porque intervenção para Jackson Barreto não é novidade. Ele já passou por uma na Prefeitura de Aracaju. Eu não estou falando isso porque sou contra ele, mas para o bem de Sergipe, porque esse cidadão irresponsável vai acabar com Sergipe. O próximo governador que assumir o Estado, em 2018, vai encontrar um caos. Para o futuro desse estado e das próximas gerações, urgentemente, tem que acontecer a intervenção”, afirmou. André explica ainda, nesta entrevista, o pedido de investigação contra ele, argumenta a favor da PEC 241 e prevê um grande problema para Jackson Barreto resolver. “Não tenha dúvida do escândalo de corrupção que vai estourar, muito em breve, na Fundação Hospitalar de Saúde”, assegura.

Por que o deputado André Moura defende tanto a aprovação da PEC 241?

A PEC representa a possibilidade de o país voltar ao gráfico do crescimento econômico, com a responsabilidade fiscal. Diferente do governo anterior, uma PEC que limita os gastos públicos e faz com que os governos gastem verdadeiramente aquele que tem. Não pode mais ter a irresponsabilidade de gestores que gastavam mais do que podiam deixando heranças para seus sucessores. Temos a Lei de Responsabilidade Fiscal que todos nós sabemos que não era cumprida, e que é necessário o cumprimento da lei. A PEC do Limite dos Gastos faz com que, verdadeiramente, os gestores tenham a obrigação de gastar aquilo que arrecadam com o teto, e faz com que os investimentos em áreas essências, diferente do que a oposição tentou distorcer, sejam mantidos. Pela regra atual, já que a PEC passou pela Câmara e falta passar pelo Senado, você teria o investimento menor para educação menor do que teremos pela regra nova, de R$ 9 bilhões. Da mesma forma na saúde. O orçamento previsto para 2017 seria de R$ 103 bilhões e com a nova regra passa a ser R$ 117 bilhões. Tudo isso é a certeza que essas áreas prioritárias estão com seus recursos garantidos e a tranquilidade maior que agora todos os administradores públicos irão gastar dentro do que arrecada.

Como líder do Governo Federal na Câmara, como avalia as críticas dos aliados de Lula e Dilma à gestão Michel Temer?

O PT e aliados fazem uma oposição pequena, odienta e rasteira no parlamento, em especial na Câmara. Faz uma oposição do quanto pior melhor. E, obviamente, que a história recente do PT, principalmente de Lula e Dilma, vai totalmente de encontro às críticas que eles fazem. As críticas que eles fazem parecem até que o grande culpado por todo esse problema que o país está enfrentando, de inflação na casa dos dois dígitos, recessão na casa dos dois dígitos, 12 milhões de desempregados… Até parece que é a culpa é do atual governo. Mas não. Tudo isso é fruto do governo do PT. A maior corrupção da história do Brasil, uma das maiores corrupções do mundo, com os principais nomes do PT preso. O PT fez um esquema perverso de corrupção não só na Petrobras, mas em vários setores do governo. Isso é um discurso que não é condizente com a realidade e não é condizente com aquilo que o PT fez todos esses anos.

Então, hoje, com o PT fora do governo, é possível ter esperança de dias melhores? É isso que o senhor quer dizer?

O país hoje vive um novo momento. Começa a reagir. A economia começa a dar sinais positivos. O mercado começa a acreditar e os investidores externos passam a investir no Brasil. O dólar está controlado. A inflação. Agora, a provação dessa PEC dos Gastos é a primeira desse novo conjunto de ajuste  fiscal que vai permitir que o país possa voltar ao gráfico de crescimento econômico. Lógico que a PEC por si só não resolve o problema. Precisamos aprovar outras medidas importantes como a questão da reforma da previdência e trabalhista, mas com certeza essa é a primeira grande medida para que o país possa verdadeiramente voltar ao ritmo do crescimento econômico. Para que possa combater a inflação, recessão e devolver os empregos aos brasileiros, mas, principalmente, ter a certeza que vamos ter recursos para investimentos em obras importantes para o futuro do país.

O senhor conseguiu derrotar o ex-prefeito Manoel Sukita, em Japaratuba, com a eleição de Lara Moura. Foi uma campanha polêmica, não?

O discurso de Sukita o povo deu a resposta. É um discurso já cansado, repetitivo, de quem não tem história nem compromisso. A máscara cai. Sukita que se dizia o grande dono dos votos em Sergipe, ele mesmo dizia que Sergipe queria vê-lo governador, senador, terminou derrotado em Japaratuba. E não foi uma derrota qualquer, foi com uma margem elástica de votos. Lara teve quase o dobro de votos dele. Essa é a grande resposta de um cidadão que a sua própria história fala por si só. Uma história de corrupção, roubalheira, e, logicamente, que a população soube dar a resposta. E não tenho dúvida: a resposta do povo de Japaratuba é o sentimento do povo de Sergipe.

Como explicar a notícia que Sergipe é o estado mais violento do Brasil?

Falta de governo, de gestão, de vontade política. Um governo incompetente, irresponsável acima de tudo e um governador que não está ligando para mais nada. Os índices de Sergipe são os piores. Um governador irresponsável que tirou o dinheiro do FundaPrev para poder pagar a  folha dos servidores no mês de campanha para passar a imagem que a folha está em dia, mas, em outubro, a folha voltou a atrasar. Irresponsabilidade de um governador que nunca teve compromisso com a gestão pública. Foi assim quando foi prefeito de Aracaju. Jackson Barreto é sinônimo de gozação aonde chega, em Brasília. Um homem sem prestígio nenhum. Sem história, que, infelizmente, soube enganar a população de Sergipe em 2014. Veja que tudo aquilo que dizíamos na campanha eleitoral está acontecendo agora. Um governo que não cumpre sua obrigação. Pela primeira vez na história do estado, o governo que atrasa salário dos servidores, dos aposentados. Um governo irresponsável com a saúde pública. Não tenha dúvida do escândalo de corrupção que vai estourar, muito em breve, na Fundação Hospitalar de Saúde. Aqui se brinca de fazer segurança com os sergipanos. Pelo anuário, Sergipe é o estado mais violento do Brasil, e isso é prova da irresponsabilidade desse governo que não tem preocupação com os sergipanos. São vários exemplos. Poderia passar várias horas falando.

Vários exemplos?

Recentemente, tivemos um caso que foi a questão das emendas ao Orçamento da União. Pela primeira vez na história de Sergipe, um governador não sentou com a bancada. Não discutiu as emendas e o Governo de Sergipe ficou sem ser contemplado com uma só emenda de bancada para poder executar obras que possam melhorar a qualidade de vida dos sergipanos. Isso é uma história republicana. Foi assim nos governos de João, Valadares. Albano. Déda, que sempre chegavam lá e discutiam as emendas, e, principalmente, num momento como esse que Sergipe está nessa crise econômica, por conta da incompetência do governo, e poderia, a partir daí, ter recursos para realizar algumas obras. Mas o governador sequer teve a coragem de ir lá, sentar com os parlamentares, encaminhar propostas para Sergipe ser contemplado. É a prova de um governador que perdeu o tesão, aliás, ele nunca teve tesão para administrar. O tesão dele sempre foi para as coisas erradas.

O nome André Moura foi muito citado na campanha de Aracaju mesmo sem ser candidato. Como acompanhou isso?

Ninguém atira pedra em árvore que não dá fruto. Jackson Barreto, quando determina essa agressão a mim, já está puxando o processo de eleição municipal para o processo de 2018 (eleição estadual). Ainda mais as acusações que eles fazem que eu sou o único político sergipano que é réu na Lava Jato. Quero deixar bem claro que eu não sou réu, diferente do que eles dizem. Existe um pedido de investigação a mim, e não é porque eu esteja envolvido em nenhum tipo de gravação, não recebi doação de campanha de ninguém envolvido na Lava Jato, diferente do PT, do PC do B, porque estão todos envolvidos. Diferente deles, eu não tenho nada disso.

Mas há o pedido de investigação?

O pedido de investigação é para saber por que o deputado André Moura foi tão agressivo com os diretores de um grupo chamado Chaim. O Ministério Público acha que eu fui agressivo para tentar intimidá-los, e eu até já disse isso: o Ministério Público não precisava pedir investigação ou inquérito para saber por que eu fui agressivo. Eu subi na tribuna e disse que fui agressivo porque é um grupo réu confesso no esquema de corrupção da Petrobras, que estão presos. Foram para CPI da Petrobras e foram desrespeitosos com o parlamento. Foram lá e, através de uma liminar, usaram o direito de ficar em silencio. Não respondeu nenhuma pergunta a nenhum dos membros da CPI da Petrobras muito menos dos relatores. Como eu era relator, fui agressivo mesmo. Disse que eles eram ladrões, que ficavam em silêncio no depoimento e iam ficar por muitos anos porque atrás das grades, que era o lugar deles, não iam ter com quem falar.

Então foi isso? A Lava Jato não tem nada contra o senhor?

Eu não tenho problema nenhum. Pedi a minha advogada para acelerar o processo, pedi para ser ouvido pela Polícia Federal, pelo Ministério Público para que o pedido de investigação em relação a mim possa ser esclarecido. Não tenho participação, mesmo porque na época da Lava Jato eu nem era deputado federal, não tenho gravação envolvendo meu nome, não tem dinheiro depositado em minha conta pessoal, não tem delação envolvendo meu nome. Estou muito tranquilo quanto a isso. Enfrentei a CPI da Petrobras, pedi o indiciamento de 52 pessoas envolvidas na CPI da Lava Jato, mas a gente sabe que a posição que ocupamos, hoje, (líder do Governo federal na Câmara) incomoda quem não gosta de ver um sergipano, do menor estado da federação com apenas oito deputados federais no meio de 513 e, hoje, ser líder do governo, obviamente que isso incomoda muita gente.

Incomoda pessoas aqui de Sergipe também?

Principalmente a pessoa de Jackson Barreto, que passou tantos anos lá e nunca teve prestígio. Nunca foi ouvido pra nada. Nunca participou de debate nenhum importante. Nunca foi considerado um deputado importante no parlamento brasileiro, e, agora como governador, continua tendo essa mesma característica. Em Brasília, não tem prestígio pra nada. Inclusive, já que ele não tem prestígio, eu já me coloquei à disposição do governo de forma republicana para abrir as portas para ele e para os sergipanos. Mesmo assim, ele tenta passar a imagem distorcida para a opinião pública. Mas, apesar dele não ter prestígio, não ter força política, não conseguir viabilizar nada, se ele quiser que a gente consiga viabilizar os recursos necessários para ajudar Sergipe a sair da crise, eu continuo de formar republicana à disposição de Sergipe. Independente de qualquer coisa, estamos representando nosso estado. As pessoas que nos elegeram para contribuir por Sergipe independente de quem esteja no governo

Mas no episódio da reunião da bancada, para tratar das emendas ao Orçamento, o governador afirma não ter sido convidado…

Primeiro que essa desculpa de Jackson não procede. Ele é mentiroso com todas as letras que possam formar a palavra. O que Jackson assina não tem validade, imagine o que fala. Ele não pode abrir a boca para dizer que não foi convidado. Ele não foi porque é irresponsável, porque não tem compromisso com Sergipe, não está ligando para nada, não está preocupado com o futuro do estado, com nada que possa ajudar o estado de Sergipe. Convidado ele foi, e mesmo que ele não tivesse sido tinham os deputados que fazem parte de sua bancada que ele deveria ter orientado para defender os direitos de Sergipe e nem isso ele fez.  Ele é mentiroso. Isso é o que ele é.

André Moura também defende uma intervenção no governo Jackson Barreto?

Se fosse um prefeito de qualquer município desse estado já teria acontecido uma intervenção, por conta de tantos problemas, tanta irresponsabilidade, tanta falta de compromisso em todos os setores, seja na saúde, segurança pública, educação, atraso do salário de servidores, do repasse do duodécimo para os poderes, para os demais órgãos. Se fosse qualquer prefeito do Brasil já teria tido uma intervenção. Nós estamos aqui perguntando por que ainda não houve, mesmo porque intervenção para Jackson Barreto não é novidade. Ele já passou por uma na Prefeitura de Aracaju. Faz parte do histórico dele e a gente dizia que ia acontecer isso. É lamentável que ainda não tenha acontecido para o bem de Sergipe. Eu não estou falando isso porque sou contra ele, mas para o bem de Sergipe, porque esse cidadão irresponsável vai acabar com Sergipe. O próximo governador que assumir o Estado, em 2018, vai encontrar um caos. Para o futuro desse estado e das próximas gerações, urgentemente, tem que acontecer a intervenção e mandar esse irresponsável para qualquer lugar, menos para o Palácio governando o destino de todos os sergipanos.

O deputado Georgeo Passos cobrou, na semana passada, informações sobre os recursos do Proinveste. É uma preocupação do deputado André Moura também, saber como o dinheiro está ou foi investido?

Sabemos que os recursos foram de forma irresponsável totalmente desviados. Não tem uma obra estruturante. Num estado como o nosso as obras foram carimbadas na Assembleia Legislativa. Você não vê uma obra sequer. A estrada que liga Pirambu a foz do São Francisco, a estrada que liga Itabaiana a Itaporanga? Nenhuma delas foi executada. Jackson Barreto desviou num esquema perverso no processo das eleições de 2014 para se eleger governador fazendo ações com o dinheiro do Proinveste, inclusive pagando folha dos servidores. É um absurdo o que aconteceu e é necessário fazer uma apuração urgente para saber onde foi parar o dinheiro do Proinveste porque, infelizmente, é outro ato danoso desse cidadão chamado Jackson Barreto, se é que eu posso chamá-lo de cidadão, de irresponsabilidade com Sergipe e com o futuro de todos nós.

Jackson Barreto cumprirá a palavra e se aposentará, em 2018?

Independente se ele vai aposentar ou não, aposentado ele vai estar em 2018. Ou por escolha própria ou por determinação do povo de Sergipe. Isso eu não tenho nem dúvida. O caminho dele é a aposentadoria de um jeito ou de outro. Ou antes do processo das eleições ou depois se vier a disputar. Eu até gostaria de vê-lo candidato para que ele possa encerrar a carreira política com uma grande derrota e dar a oportunidade ao povo de Sergipe de dar a resposta ao governo irresponsável, incompetente e desastroso que ele está fazendo.

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